Licenciado, o pré-candidato à vereança pelo PCdoB, professor e presidente do Sindicato dos Professores de São Paulo (SINPEEM), um dos maiores e mais influentes do Estado, com 70 mil trabalhadores na base, Cláudio Fonseca reuniu, neste final de semana, mais de uma centena de lideranças populares em Taipas, a 15 km da região central, extremo oeste da cidade.
A discussão foi sobre a estratégia da campanha, que terá como eixo a denúncia do “assalto aos cofres públicos” promovido, como diz Cláudio, “por uma das maiores taxas de juros do mundo”, decretada pelos próprios bancos. Segundo o líder sindical, “assaltaram, só este ano, 840 bilhões de reais, mais do que o orçamento da saúde, da educação e de todos os ministérios sociais somados”.
Para Cláudio, “não dá para discutir a dificuldade de emprego com carteira assinada, a saúde precária, não dá para mobilizar o povo sem aguçar sua indignação junto às autoridades, seja na luta por um viaduto, cuja falta está matando trabalhadores, seja pelo parque ou pelo esgotamento, sem provar como estão desperdiçando nossos impostos, o saldo das exportações e para onde vão os cortes de recursos do Orçamento.”
Para Lidia Correa, presidente do distrital e vereadora por três mandatos, “nada como ter um candidato que transmite firmeza e sinceridade para o eleitor, e o Cláudio é campeão nesses quesitos”. Conforme Lidia, “o povo está ligado e, nas eleições, muito mais esperto, porque tem a arma do voto e, assim, o terreno fica fértil para semearmos a consciência e a organização do povo, que são nossos objetivos mais fundamentais.”
Cláudio, que passa a semana visitando lideranças populares nos bairros da cidade, fazendo pequenos comícios, e disputa seu quarto mandato na Câmara de Vereadores, declarou que essa é uma boa maneira de o movimento sindical dar o troco na covardia de Bolsonaro, que generalizou a asfixia dos sindicatos, cortando a contribuição sindical e golpeando a negociação coletiva. Para Valmir Santos, experiente líder da luta por moradia, “esta aliança é nosso antídoto contra os que estão traindo nossa Pátria”.
Chamou a atenção de todos a vigorosa intervenção de Guilherme Lucas, o mais jovem participante da plenária, ex-diretor da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), que denunciou as consequências do desvio de verbas da Educação.
O ponto alto do encontro foram as filiações ao partido de Alex Mota e Valdinéia Mota, dois experientes quadros já provados em eleições anteriores. O encontro foi prestigiado com a presença dos quadros dirigentes do PCdoB: Ana Maria Martins, a Ana da Carestia, dirigente histórica do PCdoB; Nivaldo Santana, secretário Nacional Sindical; e este que vos escreve, da Comissão Política.
CP