Além das bets, as fintechs são articuladas com o crime organizado
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) denunciou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou da articulação para que fosse rejeitada na Câmara a Medida Provisória de Lula que taxava os “super-ricos” e bets.
“A oposição na Câmara dos Deputados mostrou mais uma vez que só tem compromisso com o andar de cima! Numa articulação vergonhosa e eleitoreira, que contou com o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, outro bolsonarista traidor da população, rejeitaram a MP do governo Lula que taxa os super-ricos e promove justiça tributária no Brasil”, criticou a deputada em suas redes sociais.
A MP 1.303 foi rejeitada por 251 votos contrários e 193 a favor. O texto previa a tributação sobre grandes fortunas, bancos e casas de apostas esportivas como estratégia para reforçar a arrecadação federal.
Em recado para a oposição, Jandira falou que “a sociedade brasileira vai olhar cada digital” de quem votou contra a MP.
“Vocês acham que ganharam, mas perderam. A sociedade brasileira quer tributar os super-ricos, quer tributar bancos, quer tributar as bets, e vocês mostraram cumplicidade com as fintechs articuladas com o crime organizado”, denunciou.
“A medida provisória original do presidente Lula subia a tributação das bets de 12% para 18%. Foi aqui que isso foi retirado. E por que? Porque há cumplicidade nesse parlamento com as bets, querem salvar e proteger elas, inclusive as que são ilegais”, continuou.
De acordo com o relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o governador de São Paulo ficou “telefonando para [cada] deputado para pressionar para não aprovar. É evidente que tem uma campanha eleitoral em andamento e o objetivo é prejudicar o governo”.
Jandira Feghali falou que “é bom que o sr. Tarcísio de Freitas, que quer ser presidente do Brasil, explique sua cumplicidade com esse segmento”. Ela citou a ligação, comprovada por operações da Polícia Federal, entre fintechs de São Paulo e o PCC.
A deputada lembrou que, por ação do governo Lula, foi aprovada a isenção do Imposto de Renda para pessoas que recebem até R$ 5 mil mensais, além de desconto para rendas de até R$ 7.350.