
Dados são da Câmara de Comércio Brasil-EUA. Balança comercial registrou superávit de US$ 1 bilhão para os Estados Unidos no período entre janeiro e maio de 2025
Dos dez produtos mais exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, cinco sofreram quedas em maio, após Donald Trump aumentar arbitrariamente as taxas contra os produtos de todo o mundo.
A balança comercial entre os dois países registrou superávit de US$ 1 bilhão para os Estados Unidos no período entre janeiro e maio de 2025.
O levantamento foi realizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA e divulgado por Jamil Chade, do UOL.
Somente no mês de maio, comparado ao mesmo mês de 2024, a exportação de aeronaves do Brasil para os Estados Unidos caiu, em valor total, 7,3% e, em quantidade, 7,9%.
Já no caso da celulose, o valor da exportação caiu 35% e a quantidade em 22%. Os equipamentos de engenharia sofreram uma queda de 30,9% no valor exportado para os EUA.
Esses três produtos foram afetados diretamente por sobretaxas anunciadas e aplicadas pelo governo Trump.
A exportação de ferro-gusa foi afetada negativamente pelo aumento unilateral das taxas para o ferro e aço estrangeiros. A medida foi anunciada em março pelo presidente Trump.
Em maio, a exportação brasileira de ferro-gusa para os EUA caiu 1,2%, quando medida em valor, e 13%, quando em quantidade.
A venda de óleos combustíveis de petróleo caiu de US$ 212 milhões, em 2024, para US$ 105 milhões, em 2025. Essa diminuição significa 50% a menos no valor exportado. A quantidade, por sua vez, caiu em 21,7%. Esse produto não foi afetado pelas novas taxas.
Em relação aos produtos que não estão entre os mais exportados, os que sofreram maior queda no período janeiro-maio no valor exportado foram açúcares e melaços (44,9%), manufaturas de madeira (15%), motores de pistão (9,7%), partes de veículos automotivos (8,2%), geradores elétricos (7%) e madeira trabalhada (1,5%).
Considerando somente o mês de maio, a queda sofrida por esses produtos, calculada a partir do valor, foi de: 20,3%, para açúcares e melaços; 11,2%, em manufatura de madeira; 26,6%, no caso de motores de pistão; 9,4%, para geradores elétricos; e 18,9% em madeira trabalhada.
Nos cinco primeiros meses de 2025, a exportação de carne bovina para os EUA cresceu 196%, a de sucos de fruta cresceu 96% e a de café não torrado 42%.