“Ela retrai a atividade econômica, especialmente em bens duráveis e [o] custo [é] mais alto”, afirma o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, avalia que a taxa básica de juros “está muito elevada” e que o governo espera que o Banco Central “comece a curva de redução” na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
“O grande problema é a taxa de juros muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução. Ela retrai a atividade econômica, especialmente em bens duráveis e [o[ custo [é] mais alto, mas acho que será transitório”, comentou.
Para Alckmin, que também é ministro da Indústria, o “importante é que nós estamos tendo grandes investimentos no Brasil”.
Na quarta-feira (5), o Copom decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. Com isso, o Brasil tem uma taxa de juros real (descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses) de 9,74% ao ano e fica atrás somente da Turquia no ranking mundial.
GLEISI
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também criticou a decisão do Copom e apontou que os juros em 15% ao ano são prejudiciais “aos investimentos produtivos, ao acesso ao crédito, à geração de empregos e ao equilíbrio das contas públicas. É prejudicial ao Brasil”.
“Nenhuma economia do mundo pode conviver com um juros reais de 10%. Nada justifica uma decisão tão descasada da realidade, dos indicadores econômicos, das necessidades do país”, comentou.
Gleisi, ex-presidente nacional do PT, era uma das figuras ligadas ao governo Lula que mais criticava a política de juros altos do Banco Central quando este era comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto.
Com Gabriel Galípolo na Presidência do BC, a ministra aponta que a política monetária continua igualmente danosa ao país.











