Roberto Freire, ex-senador, ex-ministro e atual presidente do Cidadania23, classificou como “uma insensatez que exala irônica sordidez” o plano de Jair Bolsonaro de taxar desempregados que recebem seguro-desemprego para cobrir o buraco causado pelo seu pacote.
Jair Bolsonaro anunciou que desempregados que recebem seguro-desemprego deverão pagar entre 7,1% e 8,5% de alíquota de contribuição do INSS. A medida foi tramada para cobrir o buraco causado pela isenção da contribuição para empresas contratantes.
“Uma insensatez que exala irônica sordidez. Essa do governo tirar do desempregado para bancar projeto de geração de emprego é pura insensatez. Impressiona tal desatino de tirar de quem já está numa situação de extrema necessidade – desempregado – para resolver o desemprego”, publicou Roberto Freire em seu Twitter.
O seguro desemprego, hoje, varia entre R$ 998, valor do salário mínimo, e R$ 1.735,29, a depender do valor dos últimos três salários do trabalhador. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 13 milhões de brasileiros estão desempregados e outros 38,8 milhões em situação de subemprego, sem carteira assinada.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) também criticou a medida. “Esse governo tem ódio aos pobres. As pessoas estão desempregadas, recebendo seus direitos e preocupadas com o dia de amanhã. Essa turma vai receber de volta o sofrimento que está causando”, disse.