TCU investiga R$ 330 milhões em contratos sem licitação na gestão de Barros na Saúde

Deputado Ricardo Barros (PP-PR) e seu advogado ao depor na CPI da Pandemia. Barros é líder de Bolsonaro na Câmara e foi ministro da Saúde de Michel temer. Foto: Jefferson Rudy - Agência Senado

A presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, afirmou que o órgão está investigando os contratos de R$ 330 milhões firmados sem licitação entre o Ministério da Saúde, na gestão de Ricardo Barros (PP-PR), e a empresa VTCLog.

Ricardo Barros, que foi ministro da Saúde no governo de Michel Temer, hoje é líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Ele é investigado pela CPI da Pandemia suspeito de receber propina da VTCLog e por ter feito parte do esquema que tentou tirar milhões da Saúde vendendo vacinas que não existiam.

Ana Arraes disse para o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que a Corte abriu os inquéritos para investigar os motivos “jurídicos e fáticos” de não haver licitação nos oito contratos do Ministério da Saúde com a VTCLog.

A ministra falou ainda que o caso “está sendo tratado com absoluta prioridade”.

Para Omar Aziz, nada justificava, entre 2016 e 2018, quando Barros era ministro, a realização de contratos sem licitação.

“Percebe-se que o período em que foram celebrados os mencionados contratos não foi caracterizado por situações excepcionais ou de urgência que, em tese, justificariam a ausência de certame”, disse Aziz no documento em que pedia ao TCU a abertura de inquéritos.

A CPI da Pandemia também descobriu que a VTCLog pagava boletos do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, ligado a Ricardo Barros.

Câmeras de segurança de bancos confirmam que o motoboy da VTCLog, Ivanildo Gonçalves da Silva, fazia os pagamentos para Roberto Dias.

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