“A continuidade do auxílio emergencial é prioridade do Congresso”, declarou a candidata à Presidência do Senado
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), candidata à presidência do Senado, defendeu a manutenção do auxílio emergencial para os trabalhadores em situação de extrema pobreza.
“A continuidade do auxílio emergencial é prioridade do Congresso. O valor e o tempo de prorrogação devem ser debatidos entre Legislativo e Executivo, dentro dos limites fiscais”, afirmou Simone nas redes sociais.
Em entrevista para o site Bonito Notícias, a senadora frisou que o “auxílio emergencial é mais do que necessário, é humanitário. Ainda há muitos desempregados e vulneráveis no País”.
Na entrevista a candidata fala da sua trajetória política, do seu pai, Ramez Tebet, que foi presidente do Senado Federal.
“Se eleita, serei a primeira mulher a presidir o Senado em quase 200 anos de história”, destacou.
“É um desafio. Tenho a memória do meu pai a zelar e o compromisso com todos os brasileiros. Ser a primeira a comandar o Congresso Nacional aumenta a minha responsabilidade. Representa, também, o empoderamento feminino. Espero que este protagonismo estimule mais mulheres a se interessarem por política”, disse.
“A minha candidatura é de independência”, reafirmou.
“A postura independente na presidência do Congresso Nacional é essencial para garantir que não haverá subserviência ao Executivo. A independência dos poderes é fundamental, a dependência fere a democracia e o Senado Federal sempre foi instado nos momentos mais difíceis a se posicionar como porta de saída das crises”, comentou.
“Ao falar de independência e harmonia entre os poderes, estamos reafirmando nossa intenção de dialogar, de pautar as matérias importantes para o País de maneira democrática e republicana”, explicou.
CANDIDATURA
Na tarde desta quinta-feira (28), em entrevista coletiva, a senadora anunciou que será candidata independente.
A senadora começou a entrevista relatando que recebeu um telefonema de Eduardo Braga (MDB-AM), líder da bancada, informando que ela estava liberada da candidatura, uma vez que colegas seus estavam negociando cargos na futura mesa da Casa com Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado e articulador da candidatura do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à presidência do Senado, “numa composição com o candidato do governo”.
Rodrigo Pacheco tem o apoio do governo Bolsonaro.
“Estou oficialmente liberada. E em função disso eu não tenho outra coisa a fazer a não ser comunicar que eu deixo de ser candidata ao Senado Federal pelo MDB e passo a ser candidata independente à presidência do Senado Federal”, declarou Simone.
“Eu não me considero uma candidata avulsa, porque eu represento um grupo de senadores que estiveram comigo, que se encontram comigo, independentemente de estarmos ou não candidata por determinado partido”, observou.
Ela se declarou a primeira candidata mulher ao Senado e homenageou as mulheres, destacando que são a linha de frente da saúde na luta contra a Covid-19.
A senadora agradeceu ao senador Eduardo Braga que, segundo ela, ficou ao seu lado até o “último instante” e informou que o líder da bancada do Podemos, senador Álvaro Dias (PR), “disse que o Podemos estará conosco”.
Simone Tebet ainda agradeceu os senadores do PSDB, Tasso Jereissati (CE), Mara Gabrilli (SP) e José Serra (SP), ao senador Alessandro Vieira (SE), do Cidadania, e a Leila Barros (PSB-DF).
“A nossa campanha começa agora novamente”, disse. “É uma candidatura a favor do Brasil, que requer união de esforços para que possamos enfrentar imediatamente esse confuso cronograma de vacinação em massa da população brasileira”.
“Essa é uma das nossas plataformas, aliada ao fato de termos que discutir imediatamente o retorno de um auxílio emergencial, ainda que temporário, ainda que com valores menores, ainda que dentro dos limites da responsabilidade fiscal e das âncoras fiscais”, declarou.
A senadora lembrou que na eleição anterior retirou sua candidatura para apoiar Davi Alcolumbre, que se comprometeu com a independência do Senado.
“Pois bem. Hoje a independência do Senado está comprometida, porque temos um candidato oficial do governo federal [com o apoio de Alcolumbre]”, afirmou, acrescentando que isso é visível diante do assédio de parlamentares governistas e de ministros pedindo apoio para o candidato do governo, Rodrigo Pacheco.