Uma multidão de árabes reuniu-se no centro de Tel-Aviv, na praça Rabin, no domingo, para protestar contra a Lei do Estado Nação, a lei que dá foros de constituição ao regime de apartheid israelense.
A manifestação é a terceira grande concentração verificada em Tel Aviv desde a aprovação da “lei” que estabelece Israel como “Estado Judeu” e confere somente aos judeus o direito a aspirar a autodeterminação nacional em Israel. Também rebaixa o status da língua árabe, até a aprovação da lei considerada língua oficial do país. A nova legislação tem sido alvo de repúdio tanto dentro de Israel, como em todo o mundo.
Foi convocada pelo Alto Comitê de Acompanhamento dos Cidadãos Árabes, que representa os palestinos que não deixaram o país durante a implantação do Estado de Israel quando os palestinos foram assolados por um terrorismo paramilitar que sacudiu a região em 1948.
Entre as palavras de ordem entoadas ouviu-se em Tel Aviv “Sim para a igualdade,/Não para a Lei Estado Nação”.
O líder do Comitê que convocou a manifestação, ex-deputado Mohammad Barakeh, enfatizou que “esta lei que estabelece um regime de apartheid em Israel será abolida”.
Barakeh saudou a marcha, afirmando: “Árabes e judeus estão participando desta marcha aos milhares para repelir esta abominação em forma de lei e para remover esta mancha bancada pelo governo Netanyahu”.
“Esta manifestação é uma poderosa mensagem de que esta lei será revogada”, segundou o deputado Massoud Ghanaim. Netaniahu se mostrou incomodado com as bandeiras palestinas que os manifestantes fizeram tremular no centro de Tel-Aviv.