A fim de acelerar o desmonte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), o Palácio do Planalto confirmou, nesta segunda-feira (2), para o comando do BNDES o ministro do Planejamento Dyogo Oliveira, no lugar de Paulo Rabello de Castro, que pediu exoneração.
O governo vem desidratando o banco de fomento à indústria, através da diminuição de financiamentos, juros altos e antecipação do aporte feito pelo Tesouro Nacional de cerca de R$ 500 bilhões.
Com o arrocho fiscal de Dilma/Levy, desde dezembro de 2015, o banco devolveu R$ 210 bilhões ao Tesouro, segundo divulgou o BNDES na quinta-feira (29), ao anunciar a devolução de mais R$ 30 bilhões. Segundo a nota, com o único objetivo de “atender exclusivamente o abatimento de dívida”, o que significa pagar juros aos bancos e demais rentistas.
Diferente desta política de favorecer o sistema financeiro, o BNDES, como já afirmou o economista Nilson Araújo de Souza a este jornal, “é a principal fonte de financiamento da indústria”.
Neste sentido, não há nada de errado o governo repassar recursos do Tesouro, ou de quaisquer fontes de financiamento público ao banco público. Desde que não seja para financiar privatizações de estatais, monopólios nacionais e estrangeiros.
Dyogo Oliveira, ao lado de Henrique Meirelles, o ministro da Friboi e do BankBoston, é um dos mentores da PEC da Morte que instituiu o teto de gastos da União com Saúde, Educação, Segurança, entre outros direitos do povo. É o ministro do assalto à Previdência Social e do arrocho salarial dos servidores, que prevê o aumento da contribuição previdenciária dos funcionários públicos.