Em relatório sobre a economia brasileira, lançado nesta quarta-feira, 7, durante reunião com o governo federal, o Banco Mundial afirmou que o grande inimigo do emprego formal no Brasil é o “alto” e “crescente” salário mínimo praticado no país.
O relatório do Banco Mundial, assim como o da OCDE (órgão que reúne os países mais ricos do mundo), apresentado na semana passada, tem como objetivo reforçar o plano do governo de pôr fim do salário mínimo, atualmente em R$ 954. E para isso, usam como argumento duas mentiras: uma de que o mínimo no país é alto e outra a de que cresceu absurdamente nos últimos anos.
Em relação ao salário mínimo ser alto, o próprio relatório da OCDE, divulgado em 2015, aponta que o salário do Brasil é o segundo mais baixo entre uma lista de 27 países. O Brasil ficaria à frente apenas do México. O salário mínimo por hora no Brasil era de US$ 1,12, enquanto da Austrália de US$ 9,54; Estados Unidos de US$ 6,26 e Japão, US$ 5,52, por exemplo.
Quanto ao “crescente” valor do salário mínimo, a informação também não é verdadeira, uma vez que o mínimo vem perdendo ano a ano o seu poder de compra. Mesmo que tenha tido uma política de valorização durante o governo Lula, desde então, o que se viu foi uma brutal desvalorização. Neste ano, por exemplo, o reajuste foi 1,81%, ou R$ 17, índice abaixo da inflação do período, 2,07%, medido pelo INPC e, nos anos anteriores, os reajustes seguiram uma regra que basicamente apenas repunha a inflação.
A proposta do Banco Mundial é que se crie uma política diferenciada para os jovens, de forma que, quando entrem no mercado de trabalho, recebam abaixo do mínimo de acordo com a idade. Além de querer legalizar o trabalho escravo, na prática – porque um salário abaixo de R$ 954 não teria outro fim – uma série de outras medidas são defendidas pelo Banco Mundial, entre elas mais mudanças nas leis trabalhistas.
Ao exaltar a “reforma trabalhista”, aprovada no ano passado, o relatório afirma que “o governo espera que essas mudanças – juntamente com uma nova lei que abre mais espaço para a terceirização e contratos de trabalho temporário – deem mais flexibilidade aos contratos firmados”, ou seja, menos direitos e mais arrocho.
Para haver democracia e liberdade é preciso separar e equilibrar os três poderes, Empresa, Governo, Trabalho.
Quem paga tributos e salários no Brasil? Empresa? Governo? Não, quem paga é o consumidor.
Por que receber salários de empresas? Por que as empresas querem intermediar o pagamento de salários, aposentadoria, tributos, saúde, educação?
Temos que acabar com essa concentração de renda.
Isentar todas as empresas e tributar e pagar salários com base no consumo anual da pessoa física.
Quem paga o seu salário no Brasil é a nova ordem mundial
Quando eles dizem, vai ter eleição, querem dizer, precisamos de eleitores para pagar uma dívida, dívida que nem é nossa.