Metalúrgicos e servidores públicos param nesta sexta contra ataques a direitos, à Previdência e contra congelamento salarial
Temer pediu o apoio da população à reforma e vai receber como resposta greves, paralisações e manifestações, nesta sexta-feira. Os trabalhadores vão mostrar que são contra o fim da aposentadoria e querem colocar pra fora Temer e todo esse Congresso. Fora Todos”, afirmou na quarta-feira, 8, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
O dirigente sindical criticou a mensagem de Temer divulgada nesta semana escancarando a dificuldade do governo em aprovar no Congresso a PEC da Previdência (Ler mais aqui). Para Macapá, Temer “fez um apelo vergonhoso à população em busca de apoio para aprovação da reforma da Previdência. O pedido revela as dificuldades enfrentadas pelo governo para finalizar a reforma e é mais um motivo para realizarmos um forte Dia Nacional de Luta, nesta sexta-feira (10)”.
Para Macapá, “depois de comprar votos de deputados por duas vezes para salvar a própria pele, Temer agora é refém dos parlamentares, que resistem em seguir adiante com a reforma, de olho nas eleições de 2018”. “O governo também joga sujo com a população ao dizer que a reforma é fundamental. Pura chantagem!”, ressalta o metalúrgico.
Dirigentes sindicais de todo o país realizam nesta sexta-feira um dia Nacional de Mobilizações contra os ataques aos direitos trabalhistas e às aposentadorias. Também na quarta-feira, 7, em Brasília, o Fórum Sindical dos Trabalhadores Metalúrgicos e representantes de centrais sindicais reuniram 22 confederações representativas da categoria para avaliar a mobilização do “Movimento de Resistência” contra a implementação da reforma trabalhista, pela derrubada da reforma da Previdência, entre outras medidas do governo Temer que atacam direitos dos trabalhadores.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, Miguel Torres, a categoria poderá deflagrar greve se a reforma da Previdência for colocada em votação. “Temos que parar o Brasil, porque é a única maneira de barrar o que estão fazendo contra a classe trabalhadora”, afirmou Torres, que também é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
Segundo as centrais, ocorrerão protestos nas capitais dos 26 estados brasileiros e Distrito Federal. No Paraná, os metalúrgicos das maiores empresas da capital e Região Metropolitana prometem parar suas atividades. “Vamos dar um grande grito de repúdio contras a implantação de reformas que vão trazer a precarização do trabalho no Brasil. Por isso é extremamente importante mostramos nossa resistência e indignação”, destacou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), Sérgio Butka.
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