O presidente Michel Temer quer entregar a fatia de 51% da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) para a norte-americana Boeing, segundo informações do jornal o Globo no início desta semana. Caso não consiga apoio para entregar a terceira maior empresa setor, Temer estuda a criação de uma terceira empresa, em conjunta com a Boeing, que inclui a unidade de aviação comercial da Embraer, excluindo sua unidade de defesa.
De acordo com a publicação, do colunista Lauro Jardim, Michel Temer exigiu que a Boieng só tivesse 51%, ou seja, o controle da empresa. “Já está definida a participação acionária que Boeing e Embraer terão na empresa que vão criar para cuidar dos jatos comerciais que a brasileira fabrica: os americanos ficam com 51% da companhia e a Embraer com 49%. Essa foi uma exigência do governo brasileiro. A Boeing concordou”, anotou o colunista.
Na terça-feira (27), o secretário de comunicação da Presidência, Márcio de Freitas, afirmou que Temer está avaliando se apoia uma proposta de criação de uma empresa conjunta de aviação comercial entre Boeing e Embraer. “Não há ainda nenhuma definição do governo sobre a parceria das empresas”, disse à agência Reuters. “O Ministério da Defesa recebeu e reportou ao presidente. Mas ainda há avaliação sobre a proposta e ainda restam dúvidas sobre o tema”.
Segundo o colunista, na quarta-feira (28), o novo ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, manifestou-se contrário à entrega da Embraer à Boeing, em reuniões das quais participou sobre o tema. “O novo ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, é um dos mais acerbos adversários da negociação entre Boeing e Embraer para uma criação de uma joint venture”, afirmou Lauro Jardim.
Em resumo: O petróleo é dos árabes, a Petrobrás é da CUT, a EMBRAER é da Boeing e o Brasil é dos políticos.