Temer se gaba de ter aplicado uma jogada de mestre no Exército

“A intervenção na segurança do Rio de Janeiro é uma jogada de mestre, mas nada eleitoral. Eu sou candidato a fazer um bom governo”, disse Temer em entrevista à Rádio Bandeirantes.

É difícil acreditar que um patife experiente como Temer possa nutrir qualquer tipo de  esperança quanto a sua performance eleitoral. Mas, quem sabe, o cordão dos puxa-sacos conseguiu contagiá-lo com o resultado da pesquisa Ibope, realizada no Rio de Janeiro sob encomenda do governo federal: 84% dos entrevistados aprovaram a intervenção.

É um número vistoso, mas será que o vampirão não reparou nos outros números da pesquisa?

67% esperam que a situação melhore em seis meses, no máximo, 31% acham que um mês será o bastante. Desassistida e maltratada, vivendo em estado de desespero, a população quer resultados já.

Em situações como essa, a frustração das expectativas costuma deixar a situação pior do que antes. Isso Temer também não desconhece.

Mas, pensando bem, é aí mesmo que reside a “maestria” da “jogada” da qual ele decidiu se jactar em público.

Como aliado, vice do PT e depois presidente da República, Temer preparou uma bomba promovendo  a política econômica concentradora da renda que mergulhou o Brasil numa crise econômica e social  sem precedentes. Acendeu o pavio com o uso intensivo e ilimitado da corrupção. Quando a bomba  estava prestes a explodir, depositou-a no colo do Exército.

(SR)

 

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