“Estamos diante de um governo que ataca as instituições, que agride as pessoas, a imprensa. Vamos superar essa situação”, apontou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que debateu com o general. “A continuação do governo atual é perigosa”, acrescentou o militar
O general Santos Cruz e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) participaram na última quinta-feira (24) de uma live do movimento “Vem Pra Rua” e discutiram as possibilidades de criação de uma terceira via para a sucessão presidencial de 2022. “Nós estamos vivendo uma polarização que não interessa ao Brasil”, disse o general.
“Estamos diante de um governo que ataca as instituições, que agride as pessoas, a imprensa. A Anvisa e o Ministério da Saúde dizem uma coisa e o presidente faz outra. A continuação do governo atual é perigosa. As instituições são atacadas e se desgastam, até o Exército se desgasta com as coisas absurdas que são ditas”, acrescentou Santos Cruz. Ele advertiu que “o que estão fazendo é tentar arrastar o Exército para interesses políticos menores”. “Isso nós não vamos permitir”, afirmou.
“Minha opinião”, prosseguiu o ex-ministro, “é que devemos rejeitar o fanatismo. O fanatismo deságua na violência”, apontou Santos Cruz, destacando que ele tem esperança de que “o país conseguirá encontrar uma alternativa que represente uma posição de união nacional”. “Não precisa ficar ansioso por nomes. Agora é hora de se discutir um projeto para o Brasil. Vamos achar o equilíbrio que possa trazer o Brasil para o campo da união nacional”, observou o general.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), parlamentar que tem se destacado na CPI da Pandemia, afirmou que concorda com a avaliação do general de que “a democracia está sem risco”. “Estamos assistindo a um governo que agride as instituições e as pessoas e, agora, com o avanço das investigações da CPI, fica claro que além de incompetente, além de não ter um projeto para o Brasil, este governo pratica a mesma corrupção que disse combater”, opinou Vieira.
Santos Cruz assinalou que o país não tem projeto porque o que predomina hoje na política é uma discussão de baixo nível e os interesses de pequenos grupos se sobrepõem aos interesses nacionais. “Temos também um problema comportamental”, afirmou o general. Temos briga o tempo todo numa cartilha totalizante. Temos ainda uma antecipação ilegal da campanha, Ninguém aguenta três anos de campanha eleitoral”, acrescentou.
O senador Vieira enfatizou que a desinformação é o métodos de domínio político desses grupos que governam o país hoje. “Há uma disseminação muito rápida de mentiras. Os bolsonaristas usam muito isso e o PT também usou para o seu assassínio de reputações”, disse o Senador do Cidadania. Para ele “há uma repetição por parte do governo atual do que foi feito no passado. “Temos aí o orçamento secreto que em valores se aproxima do que foi desviado nos escândalos anteriores”, observou.
Tanto o general quanto o senador avaliam que a maioria da população brasileira não aceita a corrupção e que a alternativa à atual polarização, deverá prevalecer e dará atenção a esta questão. “Podem tomar a decisão que quiserem, mas o ex-juiz Sérgio Moro cumpriu um papel decisivo no país”, disse o general Santos Cruz, com a concordância de Alessandro Vieira. “A imensa maioria do povo brasileiro é de gente de bem. Por isso eu tenho esperança”, acrescentou.