
Bufão da Casa Branca nunca quis negociar nada. Ele quer humilhar e subjugar o Brasil. O presidente da República tem razão: a hora é de unir a nação e resistir ao imperialismo
Alguns pigmeus políticos dentro e fora do Brasil estão tentando culpar o governo brasileiro pela truculência e o desrespeito de Donald Trump ao país e à economia nacional. O tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros, decretado unilateralmente por ele, é um golpe contra o Brasil. Não se deve tergiversar, quem está cometendo crime contra as leis internacionais é o governo americano. A intenção de quem aponta a culpa em direção ao Planalto, como faz o bolsonarismo, é apenas ajudar o agressor estrangeiro.
GUERRA AO MUNDO
O governo dos Estados Unidos declarou uma guerra comercial contra todo o mundo. Esta “guerra” é uma tentativa desesperada de tirar sua economia – que já não produz mais quase nada – do buraco e da decadência em que se encontra. Com a economia estagnada e sem competitividade, eles querem fazer o mundo – inclusive o Brasil – pagar por sua incompetência. É dentro desse quadro que estão, tanto a sobretaxa contra os produtos brasileiros quanto a “birra” feroz de Trump contra o sistema público de pagamento do país, o PIX.
A “defesa”, ao estilo dos gângsteres de Chicago, que ele faz do clã Bolsonaro também tem uma razão muito clara: é exatamente porque ele tem certeza de que, com essa gente no poder no Brasil, os EUA se dariam muito bem em seu plano de sangrar o país e manter o Brasil como quintal dos Estados Unidos.
Com o governo Lula, a conversa é diametralmente oposta. O Brasil está se unindo em defesa de sua economia, de seu desenvolvimento e de sua soberania. As empresas e os empregos serão protegidos. O PIX, um instrumento público, criado por técnicos do Banco Central, continuará sendo, como disse Lula, um “patrimônio nacional”. Que se danem os lucros das americanas Visa e do Mastercard. Além disso, não se admite que um país estrangeiro, por mais arrogante que seja, se ache no direito de se intrometer nos assuntos da Justiça brasileira para determinar o que a Corte Suprema do país pode ou não fazer.
BOLSONARISMO PRÓ-TRUMP
Os bolsonaristas estão em polvorosa pró-Trump. Eles estão em plena guerra contra o Brasil. Estão agindo como fantoches da Casa Branca. Tentaram – e continuam tentando – tumultuar o processo político do Brasil para ajudar e fortalecer o agressor estrangeiro. Invadiram os plenários da Câmara e do Senado, fazendo exatamente as mesmas exigências que fez o presidente dos EUA. Chantagearam o país cobrando impunidade para os golpistas e exigindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
E é de se notar que essa “encenação” toda dos bolsonaristas ocorreu exatamente na mesma semana em que Trump sancionava o ministro do Supremo Tribunal Federal e seus familiares e aliados.
Ou seja, está claro que a família Bolsonaro se acumpliciou com Trump para tentar desestabilizar a política brasileira. O bolsonarismo está colaborando abertamente com o agressor. Os governadores aliados de Bolsonaro estão tentando jogar a culpa do tarifaço no governo Lula. Não fazem outra coisa a não ser se somar à guerra suja de Trump contra o Brasil. O bufão da Casa Branca não quer negociar nada. Ele quer simplesmente humilhar os brasileiros, quebrar sua resistência, impedir o desenvolvimento do país e colocar o Brasil na condição de colônia americana.
É isto o que está em disputa. O Brasil nunca deixou de negociar. O problema é que não há a opção de uma negociação séria com o governo americano. O que existe da parte de Trump é pura arrogância. Ou seja, nesta contenda o que estamos vendo é, de um lado, o Brasil inteiro unido defendendo o país, ou seja, governo, trabalhadores, empresários produtivos, instituições da República, as personalidades, a juventude e a inteligência nacional lutando, e, de outro, o governo dos Estados Unidos, com sua prepotência, atacando o Brasil, em conluio com seus serviçais internos, os bolsonaristas.
“O bufão da Casa Branca não quer negociar nada. Ele quer simplesmente humilhar os brasileiros, quebrar sua resistência, impedir o desenvolvimento do país e colocar o Brasil na condição de colônia americana”
PLANO É DIVIDIR O BRASIL
O plano da Casa Branca é dividir o Brasil. Por isso eles insuflam o bolsonarismo e dão força aos traidores. Eduardo Bolsonaro, filho do chefe dos golpistas, que foi morar nos EUA para melhor bajular Trump, está sendo tratado como o “rei da colaboração”. Um traidor do Brasil e um “herói” para os agressores estrangeiros. A Casa Branca o trata como “um grande colaborador” exatamente como a Coroa portuguesa fazia com o maior traidor da pátria até então, o coronel Silvério dos Reis, responsável pelo enforcamento de Tiradentes.
O Brasil inteiro já percebeu o papel rasteiro e a traição do clã bolsonaro. O recente tumulto na Câmara dos Deputados e no Senado, a sabotagem ao funcionamento do parlamento, deputados levando faixas de Trump para dentro da casa, os pedidos de intervenção dos EUA no Brasil nos atos antinacionais do bolsonarismo, tudo isso são mostras claras da traição nacional dessa gente. Governadores tentarem colocar a culpa do tarifaço em Lula não passa de uma orquestração e de um conluio direto com a Casa Branca para tentar dividir o Brasil.
O Brasil tem tudo para se defender e se livrar, tanto dos traidores como da arrogância americana. É só ficar de olhos bem abertos nesses “quinta colunas” dentro o Brasil e deixar a Justiça dar um corretivo nesses criminosos e vende-pátrias.
“Governadores tentarem colocar a culpa do tarifaço em Lula não passa de uma orquestração e de um conluio direto com a Casa Branca para tentar dividir o Brasil”
FORTALECER O BRICS
Os serviçais de Trump estão alegando covardemente que o país estar no BRICS (grupo dos principais países do Sul Global) seria uma provocação ao governo dos Estados Unidos. Não há provocação alguma. O que eles queriam é que o Brasil fosse um apêndice exclusivo dos EUA e que não tivesse soberania em suas relações internacionais. Mas, o Brasil seguiu o caminho oposto, preferiu se relacionar soberanamente com diversos países do mundo. E o resultado foi a conquista de centenas de novos parceiros comerciais que só fazem beneficiar a economia brasileira.
O BRICS, fundado em 2009 para a cooperação entre os países do Sul Global diante da crise financeira que abalou o mundo, foi uma grande iniciativa. O grupo teve no Brasil um de seus fundadores. Hoje, ele já representa metade da população mundial e mais de 40% do PIB do planeta. É um grupo que só faz crescer nos últimos anos. Mais de 40 países já demonstraram interesse em se associar a ele. Como disse a ministra do Planejamento, Simone Tebet, “o BRICS não é problema nenhum para o Brasil, pelo contrário, é uma grande solução”. Ou seja, o Brasil é muito grande e não nasceu para ser quintal de qualquer país.
Quanto mais o Brasil fortalecer sua presença no BRICS, mais portas se abrirão para o crescimento de sua economia. Considerar essa ampliação das relações econômicas do Brasil como uma afronta aos Estados Unidos é um completo disparate. Aliás, especialistas afirmam que quanto mais o governo Trump impuser tarifas ao mundo, mais se fortalecerá a nova cooperação econômica representada pelo BRICS. Os que defendem a saída do Brasil do BRICS têm a ideologia de vira latas e não querem o desenvolvimento do país. O fascismo bolsonarista é hoje a principal arma dos EUA contra o Brasil. Derrotá-los é fundamental para que o Brasil vença mais esta batalha e possa seguir em frente em direção a um futuro radiante.
SÉRGIO CRUZ