O terrorista Wellington Macedo de Souza, condenado por tentar explodir uma bomba em um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília, em dezembro, para impedir a posse de Lula, foi preso na Cidade do Leste, no Paraguai, na quinta-feira (14).
Ele deverá cumprir seis anos de prisão e pagar uma multa de R$ 9,6 mil. Ele estava foragido desde janeiro.
Muito ativo nas redes sociais, Wellington divulgou sua participação nos acampamentos golpistas que surgiram depois das eleições. Ele foi assessor do Ministério da Mulher no governo Bolsonaro, na gestão de Damares Alves.
A Polícia Nacional do Paraguai prendeu o criminoso em uma ação que contou com a colaboração da Polícia Federal brasileira. Wellington Macedo será entregue às autoridades brasileiras na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu, no Paraná, à Cidade do Leste.
Wellington participou, junto com George Washington Oliveira e Alan Diego dos Santos, da instalação de uma bomba em um caminhão-tanque nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022.
No dia 5 de janeiro, quando foi decretada sua prisão preventiva, ele quebrou sua tornozeleira eletrônica e fugiu. O terrorista cumpria medidas cautelares desde 2021, por ter incentivado um golpe de Estado.
Sua condenação pelo atentado terrorista aconteceu no dia 18 de agosto de 2023.
Segundo a Polícia Federal, a explosão pretendida pelos três só não aconteceu porque o dispositivo foi montado de maneira errada. O caminhão-tanque estava carregado de 63 mil litros de querosene de aviação.
No momento do atentado, Wellington Macedo estava usando tornozeleira eletrônica, o que facilitou para os investigadores que facilmente comprovaram sua participação no crime.
Câmeras de segurança de uma loja e do caminhão onde a bomba foi instalada mostram os criminosos se aproximando, dentro de um carro, do automóvel.
A Polícia Federal comprovou que foi George Washington quem produziu a bomba. Allan e Wellington foram responsáveis por instalá-la no caminhão-bomba.
O plano dos bolsonaristas era, com a explosão, “dar início ao caos” para que as Forças Armadas dessem um golpe de Estado. Eles se conheceram e fizeram todo o planejamento no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército.
George Washington de Oliveira Sousa foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão, enquanto Alan Diego dos Santos Rodrigues foi condenado a cinco anos e quatro meses.
A ação dos três foi incentivada por Jair Bolsonaro, que não aceitava sua derrota nas eleições presidenciais. No dia 9 de janeiro, Bolsonaro falou para seus apoiadores que tinham de “enfrentar o sistema” e entregar “a vida física se preciso for”. E completou: “Não é eu autorizo não. É o que eu posso fazer pela minha pátria”.