O terrorista Francisco Wanderley Luiz, que atacou a bombas o Supremo Tribunal Federal (STF), deixou explosivos engatilhados em sua casa em Brasília para matar agentes da Polícia Federal, mas os artefatos foram encontrados antes por um robô antibombas.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, contou que o robô antibombas entrou na residência e, “ao abrir uma gaveta para fazer a busca, houve uma explosão, uma explosão gravíssima. Salvou a vida de alguns policiais que se tivessem ingressado na residência, certamente não sobreviveriam àquela intensidade da explosão”.
“Felizmente, utilizamos a boa doutrina da nossa instituição e da Polícia Militar também para fazer entrada nesse tipo de ambiente”, falou.
Segundo Andrei, os investigadores encontraram no local “também outros artefatos. Muitos, até pela sensibilidade, têm que ser destruídos. E outros materiais que coletamos, eu diria que de muita relevância”.
Além disso, o bolsonarista deixou montada em seu carro, próximo ao STF, uma estrutura com fogos de artifício que seriam lançados contra o prédio. O veículo também explodiu na noite de quarta-feira (13).
Em mensagens, Francisco disse ter deixado bombas em outros locais, como a do jornalista William Bonner, dos ex-presidentes José Sarney e Fernando Henrique Cardoso e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o que está sendo apurado.
A investigação vai buscar entender se Francisco Wanderley agiu sozinho ou se teve apoio na organização do atentado. Na avaliação de Andrei Rodrigues, “há sempre um grupo, ou ideia de um grupo, com extremismos e radicalismos que levam ao cometimento dos crimes”.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, afirmou que o atentado decorre da ação criminosa do chamado “gabinete do ódio” contra as instituições democráticas.