
Ele é investigado no caso pela Polícia Civil do Ceará e está foragido
Um dos terroristas envolvidos na tentativa de explodir um caminhão com combustível no Aeroporto de Brasília, o blogueiro Wellington Macedo de Souza, publicou em suas redes sociais cenas com abuso sexual contra menores de idade e é investigado pela Polícia Civil do Ceará.
Em 2021, quando era assessor de Damares Alves no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ele publicou as cenas de abuso sexual contra uma criança em Sobral (CE), desrespeitando o Estatuto da Criança e do Adolescente. O Estatuto prevê a prisão de três a seis anos.
Wellington é um dos terroristas que tentou explodir, com uso de uma bomba, um caminhão com combustível no Aeroporto de Brasília no dia 24 de agosto. O plano do grupo era “instaurar o caos” para que houvesse um golpe de estado antes da posse de Lula.
Em setembro de 2021, o bolsonarista foi preso pela Polícia Federal por financiar e organizar os atos antidemocráticos que foram realizados durante o mês. Em outubro, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que ele poderia ter liberdade condicional, com uso de tornozeleira eletrônica.
Apesar de ser monitorado pelo equipamento, ele tentou cometer um atentado terrorista e frequentava o acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
O crime de explosão tem uma pena que varia entre 3 e 6 anos, mais multa. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pede que a pena tenha agravante de 30% porque o alvo do atentado era um “depósito de explosivo, combustível ou inflamável”.
Wellington Macedo foi autuado na Justiça por violar um caixão e expor o cadáver de uma mulher em Sobral para criar uma fake news sobre o coronavírus.
Ele divulgou nas redes sociais que a mulher teria morrido de Covid-19, o que é mentira. Em março de 2020, nenhum cidadão de Sobral havia falecido pela doença. Wellington responde pelo crime de vilipêndio de cadáver.
Já estão presos pela tentativa de atentado George Washington de Oliveira e Alan Rodrigues. Este último se entregou à polícia na terça-feira (17).
No último final de semana, o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus os três homens acusados.
Em decisão, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal afirma que a denúncia do Ministério Público preenche os requisitos para abrir uma ação penal contra o trio.
A decisão foi publicada no dia 10, mas só se tornou pública após o magistrado levantar o sigilo do processo na sexta-feira (13).
Os três terroristas responderão pelo crime de explosão. Segundo o Código Penal, trata-se de expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de alguém mediante explosão, arremesso ou colocação de dinamite ou substância análoga. A pena pode variar de três a seis anos de prisão, além de multa.
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