Novas testemunhas, citadas em reportagem do jornal “O Globo”, revelaram novos fatos sobre o assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março no Rio de Janeiro.
As informações foram dadas por duas testemunhas que viram o momento da execução, porém até hoje não foram ouvidas pela polícia. Inclusive, as testemunhas dizem que foram expulsas do local do crime por policiais militares ao tentarem falar sobre o que tinham visto.
As testemunhas estavam a cerca de 15 metros do local onde o Cobalt prata fechou o Agile branco (carro da vereadora), que por pouco não chegou a subir a calçada. Uma das testemunhas disse: “Foi tudo muito rápido. O carro dela (Marielle) quase subiu a calçada. O veículo do assassino imprensou o carro branco. O homem que deu os tiros estava sentado no banco de trás e era negro. Eu vi o braço dele quando apontou a arma, que parecia ter silenciador.”
A versão das duas testemunhas, que não se conhecem e conversaram com o jornal separadamente, é exatamente a mesma. Elas disseram não ter visto um segundo carro, embora câmeras de rua tenham flagrado um possível segundo veículo, na saída de um evento onde Marielle estivera na Lapa.
“Não consegui ver os integrantes do carro de quem atirou. Quando ouvi a rajada, não sabia o que fazer. Depois dos tiros, o carro do assassino saiu disparado nesta reta”, disse a testemunha, apontando para a Rua Joaquim Palhares, que desemboca na Avenida Francisco Bicalho, via que permite acesso rápido à Avenida Brasil ou à Ponte Rio-Niterói.
É lamentável saber que após duas semanas do assassinato da vereadora Marielle Franco, a polícia ainda não tem pistas e nem sequer ouviu as duas testemunhas visuais do fato. Mais lamentável ainda é saber que as testemunhas foram expulsas do local pelos próprios policiais.