No dia em que a prisão foi convertida em preventiva, o ministro do STF, Gilmar Mendes, determinou a soltura do ex-governador e candidato ao Senado pelo Paraná, Beto Richa (PSDB), preso por corrupção na terça-feira (11).
Em seu despacho, Mendes também mandou libertar a esposa de Richa e ex-secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, o irmão do tucano, José Richa Filho, conhecido como Pepe Richa, e outras doze pessoas que foram alvos da Operação Rádio Patrulha, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR).
Segundo Gilmar Mendes, que já libertou ao menos uma dezena de corruptos da cadeia, não havia a necessidade de decretar uma “medida extrema”, como a prisão de Beto Richa.
Richa, sua esposa, seu irmão e outras 12 pessoas foram detidos pelo direcionamento de licitação, para beneficiar empresários, e o pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro, no programa do governo estadual do Paraná, Patrulha do Campo, no período de 2012 a 2014. No programa, o governo locava máquinas para manter as estradas rurais.
As investigações tiveram início com base na colaboração de Tony Garcia e apuram o pagamento de propina e posterior direcionamento de licitação para beneficiar os empresários envolvidos. Os contratos investigados somam R$ 72,2 milhões e seriam superfaturados.
Na tarde da sexta-feira (14), após negativas de habeas corpus por parte do Tribunal de Justiça do Paraná e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa do ex-governador Beto Richa (PSDB) pediu a soltura de seu cliente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao invés de recorrer ao tribunal com novo habeas corpus, no entanto, os advogados de Richa pediram o relaxamento da prisão diretamente ao ministro Gilmar Mendes, que, nesta semana, criticou as recentes ações do Ministério Público contra políticos que são candidatos nas eleições de outubro.
Tico-Tico
“Ah! Ele me agradeceu, “já entrou um tico-tico lá que tava atrasado, obrigado”, afirmou Beto Richa (PSDB) ao doleiro Tony Garcia, sobre um suposto atraso de ‘pagamento’ de propina a respeito do qual conversavam. A conversa foi gravada por Tony, que é delator da Lava Jato. O áudio é um dos indícios que fundamentaram a prisão do tucano.
Preso ex-governador Richa. Polícia Federal na cola de Azambuja
O STF funciona utilizando dois pesos e duas medidas digo porque se o Beto Richa e todos os envolvidos neste crime de corrupção fossem do PT, PC do B, PSOL ou mesmo de outros partidos semelhantes não seriam soltos mas como é um peixe grande do PSDB, mesmo havendo provas foi liberado isto não é bom pra democracia.