Tiro, porrada e bomba – 2

Bolsonaro esnobou a turma do deixa disso, encerrou o caso Bebianno desfechando o “tiro na nuca” do ex-ministro e escarneceu do seu cadáver político com os votos de “sucesso na nova jornada”.

Bebianno, de fato, mentiu. Não ao declarar à imprensa que falou várias vezes com Bolsonaro, mas ao dar a entender que isso significava que o presidente estava solidário e não via problema no fato dele ter enviado R$ 400 mil para a candidata laranja que obteve 274 votos, conforme a denúncia trazida a público pela Folha de S. Paulo.

Bolsonaro também mentiu ao se fazer de indignado contra o laranjal do ministro: “Querer empurrar essa batata quente desse dinheiro lá pra candidata em Pernambuco pro meu colo, aí não vai dar certo.  Aí é desonestidade e falta de caráter”, rosnou o presidente.

O que dizer de alguém que resguarda com desvelo o laranjal da família mas se expressa dessa forma quando fala do laranjal alheio?

Apesar de trash, o episódio não deixa de ser instrutivo. 

Por certo ajudará as forças políticas a reduzirem expectativas ilusórias tanto em relação a Bolsonaro quanto aos que decidiram emprestar seus talentos a um governo presidido por um personagem cuja noção de sociabilidade não vai além dos limites de sua própria família.

SÉRGIO RUBENS

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