Com o massacre na escola Marjory Stoneman na Flórida (dia 14 de fevereiro) ainda fresco na memória do povo americano – e do mundo – temos notícia de nova tragédia. Duas pessoas que não eram universitárias foram atingidas fatalmente, nesta sexta-feira (2), no complexo residencial da Universidade Central de Michigan. Funcionários disseram que o campus foi fechado enquanto a polícia procurava um suspeito de 19 anos que segundo ela “está armado e é perigoso”.
A multiplicação dos massacres de jovens nas escolas dos Estados Unidos – 18 somente neste ano – continua sua rota descontrolada nos EUA.
A polícia do campus acredita que o tiroteio “começou a partir de um problema doméstico”. É o que diz comunicado da universidade. O centro de educação superior, que tem cerca de 23 mil estudantes, exortou os universitários a se protegerem.
O ataque ocorreu no último dia de aulas antes do recesso de primavera. Os pais que estavam tentando recolher seus filhos foram encaminhados para longe do campus, para um hotel próximo onde seriam ajudados pelos funcionários.
“Dá medo pensar o fácil que é que um atacante armado entrar a qualquer parte de um campus universitário: a biblioteca, os salões. Está demasiado acessível, sem controle, e com incentivo a resolver tudo com base na violência”, disse Halie Byron, de 20 anos, que mora a uns dez minutos do campus.
Na comunidade vizinha, os estudantes e pessoal do distrito escolar de Mount Pleasant foram orientados para que não saíssem dos locais onde estavam.
Como resumiu nosso redator, Antonio Pimenta, em artigo publicado na edição do HP de 22 de fevereiro, “conforme compilação do Washington Post, desde o massacre de Columbine em 1999, 150 mil alunos das escolas primárias e secundárias dos EUA presenciaram um ataque a tiros no seu local de estudo e mais de 400 morreram. No mesmo período, os EUA bombardearam e mataram 10 mil civis na Iugoslávia; mataram meio milhão de crianças no bloqueio ao Iraque e mais de um milhão de civis posteriormente na invasão de 2003, além de Abu Graib, e mataram dezenas de milhares de civis com bombas e drones no Afeganistão. Bombardearam até à destruição a Líbia e assassinaram seu líder, Kadhafi. E mais: organizaram golpes e intervenções em dezenas de países, os mais notórios na Ucrânia, colocando no poder os nazistas, e na Síria, matando quase meio milhão e empurrando um milhão de refugiados para a Europa. Oficializaram a tortura e, com as sanções, tentaram matar pela fome milhões no mundo inteiro. Agora, falam em tornar ‘mais utilizáveis’ as armas nucleares”.