A 21ª denúncia da Operação Lava-Jato contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) por lavagem de dinheiro, foi aceita pela juíza Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal do estado. Cabral agora é réu mais uma vez.
A magistrada, que no momento substitui o juiz Marcelo Bretas, em férias, apontou “fortes indícios de autoria e materialidade”.
Além de Cabral, outros seis investigados também se tornaram réus após a aceitação da denúncia. São eles: Ary Ferreira da Costa Filho, Sérgio Castro de Oliveira que se encontra preso na cadeia de Benfica , Gladys Silva Falci de Castro Oliveira, Sonia Ferreira Batista, Jaime Luiz Martins e João do Carmo Monteiro Martins. Todos os réus são acusados pelo crime de lavagem de dinheiro por meio de empresas do Grupo Dirija, controladas pelos delatores, Jaime Luiz e João do Carmo.
A Lava Jato acusou Sérgio Cabral por 213 atos de lavagem de dinheiro sobre o valor de R$ 10,2 milhões, somente nesta denúncia.
O ex-governador está preso desde novembro de 2016, e após as denúncias de privilégios na penitenciária de Benfica, no Rio, foi transferido para uma prisão de Curitiba.
Na última quarta-feira (31), o vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, negou a liminar impetrada pela defesa de Sérgio Cabral, para voltar ao presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio.
Segundo o entendimento do ministro Humberto Martins, não há ilegalidade na decisão que determinou a transferência de Cabral para o Paraná. O magistrado também afirmou que manter o ex-governador no sistema prisional do Rio de Janeiro seria ineficaz, já que existem provas do controle e influência exercidas por ele nas unidades penais do Estado, como os benefícios inimagináveis num presídio de segurança máxima, inclusive a instalação de uma sala de cinema.