“Todos os países devem agir de acordo com a Carta das Nações Unidas”, declarou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, logo depois do ataque dos Estados Unidos, Inglaterra e França.
“A Carta é muito clara nas questões de preservação da paz e da segurança internacional e com relação à obrigação dos países membros quanto a sua preservação”, prosseguiu.
Para o secretário-geral da ONU “esta obrigação se estende à obediência às leis internacionais”.
“A responsabilidade dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU quanto aos cuidados na manutenção da paz é primordial”, alertou Guterres, que chamou todos os países membros da ONU a “se unirem para preservar a paz e a obediência de todos à Carta e às leis internacionais, a adotarem os limites ali definidos e a evitarem quaisquer tipos de ações que possam provocar uma agravação da situação”.
O senador Konstatnin Kosachev, presidente do Comitê de Questões Internacionais do Conselho da Federação Russa, declarou que “o mais provável é que o ataque à Síria – na mais flagrante violação da lei internacional e à soberania de um país membro da ONU – é uma tentativa de criar dificuldades para o trabalho da OPAQ (Organização das Nações Unidas para a Proibição das Armas Químicas) ou até de impedir este trabalho”.
O seu colega, o senador Andrey Krasov, vice-presidente do Comitê de Dedesa da Duma (parlamento russo), referindo-se à ordem de Trump de atacar a Síria, acrescentou que “o que aconteceu foi um crime de guerra cometido por aquele que ordenou o lançamento do ataque e por aqueles que o perpetraram”.
“Estes crimes de guerra devem ser condenados por toda a comunidade internacional, ainda mais porque foram ações que passaram por cima da ONU, realizados sem qualquer autorização do Conselho de Segurança”.
SÍRIA CONDENA BARBÁRIE DOS EUA
O Ministério do Exterior da Síria condenou a “barbárie do ataque pelos Estados Unidos, Inglaterra e França” e acrescentou que “este ataque não vai afetar em nada a decisão síria de combater o terrorismo”.
“Uma brutalidade que se constitui numa flagrante violação da lei internacional e dos princípios e propósitos da Carta da ONU”, acrescenta.
“Essa arrogância de regimes que pregam sua suposta hegemonia resulta em sua sensação de frustração devido ao fracasso de seu projeto conspirativo e em resposta à derrota de seus instrumentos, as organizações terroristas diante do progresso atingido pelo Exército Árabe Sírio”, finaliza o documento ministerial sírio.