O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), pegou carona no avião do milionário Luiz Osvaldo Pastore, filiado ao partido fascista italiano Liga, para voltar de um evento em Roma.
Entre 11 e 12 de outubro, Toffoli estava na capital italiana participando de um evento do grupo Esfera. Seu retorno ao Brasil ocorreu por carona no avião de Luiz Pastore.
O ministro do Supremo falou que Pastore é seu “amigo pessoal” e que “não há conflito de interesses” em viajar em seu jatinho.
Em 2022, Luiz Osvaldo Pastore foi candidato a suplente de senador, apoiando Flávia Arruda (PL), que foi ministra-chefe da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro. Naquele ano, ele declarou um total de R$ 453 milhões em bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Tendo cidadania Italiana, o empresário se candidatou, em 2018, ao Senado do país enquanto representante dos “italianos no exterior”.
Ele se candidatou pelo partido Liga, antigo Liga Norte, que é dirigido pelo fascista Matteo Salvini, ex-ministro do Interior da Itália que praticou políticas anti-imigração. Salvini também foi vice-primeiro-ministro, ministro das Infraestruturas e senador.
Matteo Salvini já se recusou a participar das celebrações do Dia da Libertação, quando o país comemora o fim da ditadura de Benito Mussolini e do regime nazista.
Ele ainda colocou em prática políticas para impedir que imigrantes chegassem à Itália.
O Ministério Público italiano pediu sua condenação a seis anos de prisão por, em 2019, ter impedido que 147 imigrantes resgatados no Mediterrâneo desembarcassem no país. Os refugiados ficaram 20 dias em um barco próximo à Itália, só saindo quando a Justiça interveio.
O fascista disse ter mantido as 147 pessoas em um barco por 20 dias para “defender as fronteiras” italianas. Salvini responde por “abuso de poder e sequestro de pessoas”.
Salvini ainda deu diversas declarações contrárias à vacinação da população contra Covid-19, assim como fez o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ex-ministro fez propaganda para remédios ineficazes no combate ao coronavírus, como cloroquina. Jair Bolsonaro fez o mesmo.