A adesão dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) à greve deflagrada no dia 19 deste mês, por aumento real, manutenção das garantias de direitos trabalhista e contra o desmonte da empresa, vem crescendo nos últimos dias em todo o país.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em de Correios e Telégrafos e Similares a (FENTECT), dos 31 sindicatos filiados à FENTECT, 20 aderiram à greve até o momento. Entre eles estão os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul (Santa Maria), Bahia, Distrito Federal, Ceará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Sergipe e Santa Catarina. O movimento grevista aguarda ainda a adesão por parte de unidades sindicais do Rio de Janeiro e São Paulo que realizarão assembléias nesta semana. Em São Paulo, localidades como Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Vale do Paraíba e Santos já compõem a paralisação.
Durante a semana passada e o início desta semana, os trabalhadores dos Correios estão realizando atos de protestos em diversas capitais. Em Salvador, a categoria ocupou uma das vias da Avenida ACM. Para o diretor do Sindicato dos Correios da Bahia (Sincotelba), André Aguiar, a “briga [da categoria] é por manter inicialmente nossos empregos porque o governo fala em privatização. O governo quer retirar nossos benefícios, nosso plano de saúde”, afirmou Aguiar. Em Belo horizonte, centenas de pessoas saíram em passeata para protestar contra o fechamento de agências, corte de investimentos, falta de concurso público, diminuição do efetivo, entre outros. A categoria também denunciou a pressão por parte da administração para que funcionários entrem no plano de demissão voluntária.