“Exigimos um orçamento emergencial para apoiar os trabalhadores em suas perdas com a carestia”, declarou Paul Nowak, vice-secretário-geral da central inglesa Confederação dos Sindicatos (TUC, na sigla em inglês), ao se dirigir aos londrinos no ato do 1º de Maio na capital inglesa.
Os principais atos dos trabalhadores ingleses aconteceram em Londres, Manchester, Leeds e Newcastle. Mais eventos estão planejados para o dia 2.
A TUC acusa o governo inglês de dar as costas aos trabalhadores que “durante a pandemia se arriscaram, alguns sacrificando a vida, para que a Inglaterra seguisse adiante”.
A central denuncia que – sob o governo de Boris Johnson – as contas de energia elétrica “atingiram níveis sem precedentes e a inflação se aproxima da marca dos dois dígitos”.
Os dirigentes sindicais também destacaram que há o que celebrar no 1º de Maio deste ano pois a unidade e disposição de luta dos trabalhadores levaram a conquistas importantes.
Um dos reajustes destacados foi o de 14% conquistado pelos trabalhadores em uma fábrica de estrados industriais em Manchester depois de uma paralisação de 21 dias. Os patrões da fábrica queriam dar um reajuste de 1,8%.
“Exigimos mais direitos aos trabalhadores, mas onde estamos nos unindo e lutando estamos chegando a vitórias”, acrescentou o líder da TUC.
A TUC ressaltou que os trabalhadores, ao fortalecerem o movimento sindical foram capazes de iniciar o rompimento com o arrocho do governo do Partido Conservador que tenta impor o congelamento de salários e cortes em benefícios.
“Em todo o mundo, trabalhadores enfrentam a exploração e a discriminação, mas, ao se organizarem, e construírem força através de sindicatos, estão conseguindo resistir na busca por empregos decentes para milhões”, afirma o comunicado da entidade “Guerra contra a Carência”.