Dezenas de milhares de trabalhadores argentinos saíram às ruas de Buenos Aires, na terça-feira, para comemorar o Primeiro de Maio e rechaçar as políticas de desemprego, arrocho e privatização do presidente Mauricio Macri, que põem em risco os direitos conquistados e impõem um violento retrocesso social.
Atendendo ao chamado dos movimentos sociais Corrente Classista e Combativa, Bairros de Pé, Movimento Evita e a Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), os trabalhadores, muitos dos quais estão desempregados, se concentraram no bairro de Constitución e instalaram “calderões populares”, oferecendo comida aos manifestantes que vieram à avenida 9 de Julho. Os calderões também simbolizavam o repúdio às políticas de fome de Macri: demissões em massa, tarifaços e ataque aos direitos trabalhistas, previdenciários e corte nos investimentos e programas sociais.
“Para nós o Dia Internacional dos Trabalhadores é um dia de luta e queremos denunciar a política do governo que cada vez traz mais desemprego e mais fome, por mais que eles queiram nos fazer acreditar que estamos rumo à felicidade”, destacou o dirigente da Corrente Classista, Juan Carlos Alderete.
Gildo Onorato, representante do Movimento Evita, denunciou que “o preço dos alimentos faz com que nos bairros as crianças não comam, e isso torna urgente buscar soluções para que a fome e a pobreza não continuem avançando”. No final, anunciaram uma nova manifestação para o final do mês: “Agora a mobilização é permanente, a Marcha Federal começará no dia 28 de maio partindo desde diferentes pontos do país e finalizará com um ato no 1º de junho no Congresso Nacional”, anteciparam.