O presidente do Partido Trabalhista da Inglaterra, Jeremy Corbyn, chamou o governo inglês a condenar a chacina de palestinos por parte de Israel e a suspender a venda de armas ao Estado que ocupa os territórios árabes.
As declarações de Corbyn repercutem o recente informe do Conselho de Direitos Humanos da ONJU que localizou crimes de guerra israelenses contra os palestinos na fronteira com a Faixa de Gaza.
“A ONU afirma que Israel mata palestinos em manifestações em Gaza – incluindo crianças, enfermeiros e jornalistas – e que isso pode se constituir em ‘crimes de guerra contra a humanidade’”, afirma Corbyn.
Diante disso, prossegue o líder trabalhista, “o governo da Inglaterra deve condenar esse morticínio e congelar a venda de armas a Israel”.
O informe da ONU, publicado no início da semana, diz: “As forças de segurança de Israel mataram e aleijaram manifestantes palestinos que não ofereciam ameaça iminente de morte ou ferimentos graves a outrem, nem participavam diretamente em hostilidades, quando foram alvejados a tiros” e acrescenta que os protestos eram “civis em sua natureza”. Ver detalhes na matéria https://horadopovo.org.br/onu-conselho-de-dh-denuncia-crimes-de-lesa-humanidade-de-israel/
Olha só, a informação que tenho é que Israel foi fundado por movimentos de esquerda, tendo sido governado pela esquerda ininterruptamente de 1948 a 1977. Israel era alinhado ao bloco socialista. Portanto, a opinião do HP seria de que a esquerda errou ao apoiar Israel no passado?
A opinião nossa é que as suas informações estão erradas. Realmente, a URSS apoiou a criação do Estado de Israel. Mas esse apoio durou pouco. E não se pode dizer, em absoluto, que o Partido Trabalhista de Israel fosse uma força “de esquerda” – sobretudo depois que, em 1956, ocupou a Península do Sinai com tropas para apoiar a intervenção anglo-francesa, após a nacionalização do Canal de Suez por Gamal Abdel Nasser.