Após três anos a aprovação da PEC das domésticas, a informalidade no trabalho doméstico cresce a cada dia e os salários caem, é o que diz a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quinta feira (30).
Segundo a pesquisa, no semestre encerrado em junho, 70,6% da categoria está na informalidade, o salário dos que possuem carteira assinada está, em média, R$ 1.218, enquanto os que não têm carteira assinada recebem em média R$ 722, menos que um salário-mínimo (R$ 954).
Para Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o aumento no emprego doméstico sem carteira assinada é uma tentativa de fuga do desemprego: “tem diarista trabalhando que não consegue fazer nem o salário-mínimo por mês. Parte delas nem está contribuindo para a Previdência.”
“No momento que você tem perda do dinamismo econômico, tem perda de renda. Quem mais perde com isso são as pessoas do extrato de renda mais baixo. Por falta de opção e às vezes até por falta de empreendedorismo, há essa fuga para o emprego doméstico”, explicou Cimar.