No trimestre encerrado em novembro, 14 milhões estavam desempregados. Taxa de desocupação de 14,1% é a maior para o período desde 2012
A taxa de desocupação no trimestre terminado em novembro do ano passado ficou em 14,1%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (28). Isso significa que 14 milhões de brasileiros estavam desempregados em novembro. É a maior taxa para o trimestre móvel encerrado em novembro desde 2012.
Em relação ao trimestre anterior – junho a agosto (14,4%), a taxa ficou “estável”, diz o IBGE. Na comparação com o mesmo período de setembro a novembro de 2019 (11,2%), mais 2,2 milhões de pessoas ficaram sem emprego. O contingente total de pessoas ocupadas no país caiu 9,4% na comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2019, o que representa uma redução de 8,8 milhões de pessoas.
INFORMALIDADE CRESCE
A taxa de informalidade chegou a 39,1% da população ocupada, o que representa 33,5 milhões de trabalhadores informais no país, sem qualquer proteção no trabalho e sem direitos trabalhistas. No trimestre anterior, a taxa foi de 38%.
A população subutilizada – os desempregados, as pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e os que gostariam de trabalhar e não encontram emprego – é de 32,2 milhões de pessoas.
A população desalentada – aqueles que desistiram de procurar emprego, atingiu 5,7 milhões de brasileiros e o número de trabalhadores por conta própria, os que sobrevivem de bico, chegou a 22,9 milhões de pessoas.
Durante todo o ano passado, a taxa de desemprego veio batendo recordes. Com a flexibilização das medidas de isolamento social no combate à Covid-19, somado ao período de fim de ano, o número de pessoas ocupadas aumentou 4,8% no trimestre encerrado em novembro e chegou a 85,6 milhões. Um total de 3,9 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho em relação ao trimestre anterior.
Em novembro do ano passado, um grande parte dos 68 milhões de trabalhadores informais e desempregados ainda recebiam os R$ 300 do auxílio emergencial. Economistas estimam que com o fim do benefício, já no início deste ano, começou uma grande procura por emprego elevando a taxa de desocupação a cerca de 20%.