A informalidade no país renovou recorde e alcançou 41,2% dos trabalhadores brasileiros no trimestre encerrado em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29) através dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua). Em números, são 38,751 milhões de pessoas trabalhando sem direitos, sem estabilidade ou por conta própria.
O universo de trabalhadores por conta própria é de 24,446 milhões de brasileiros – desses, 19,466 não tem CNPJ. Sobre o trimestre anterior, o número de pessoas trabalhando nessas condições cresceu em 219 mil e, em um ano, em 913 mil pessoas, uma alta de 3,9%. Já o trabalhador do setor privado sem carteira assinada alcançou contingente de 11, 852 milhões. O emprego sem carteira no setor privado aumentou em 280 mil vagas em um ano, uma alta de 2,4%. Em um trimestre, foram 194 mil trabalhadores a mais.
O aumento da informalidade teve efeito positivo na taxa geral de desocupação medida pela pesquisa, que caiu de 11,8% no trimestre até setembro para 11,6% no período móvel até outubro.
“O que vemos é uma estabilidade com trajetória de redução marcada pela informalidade”, explicou a analista do IBGE Adriana Beringuy. “É evidente uma melhora no mercado de trabalho com a taxa de desemprego, os maiores e piores patamares ficaram para trás. A gente sabe que essa redução vem a reboque da ocupação por conta própria, de empregados sem carteira, ou seja, pela informalidade, completou a analista. Apesar da queda da taxa de desocupação, o desemprego ainda é uma realidade para 12,367 milhões de pessoas.