Em mais uma cena que repete quase que diariamente nas linhas privatizadas do transporte público de São Paulo, um trem da linha 9-Esmeralda da ViaMobilidade explodiu no final da manhã deste domingo (24), na zona sul de São Paulo.
Tida como exemplo de gestão privada pelo governo Tarcísio de Freitas, a ViaMobilidade coleciona panes desde que assumiu a linha da CPTM, enquanto a população sofre com o descaso da empresa privada.
Os bombeiros foram acionados às 11h45 para atender a ocorrência. Segundo o Corpo de Bombeiros, três equipes foram deslocadas para a estação. O incêndio teria se iniciado a partir de um curto-circuito na rede elétrica da estação.
O portal CNN entrou em contato com concessionária ViaMobilidade, responsável pelo trem e pela estação, e a empresa informou que “a intercorrência gerou princípio de incêndio numa das composições, sendo rapidamente apagado. Não houve feridos.”
Imagens de usuários dos trens metropolitanos circularam pelas redes sociais:
PRIVATIZA TUDO
O novo incêndio na linha privatizada acontece dias após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, autorizar o leilão das demais linhas da CPTM, assim como a demissão em massa dos servidores da estatal.
Em 14 de novembro, Tarcísio publicou o decreto 69.049, de 14 de novembro de 2024, que autoriza a abertura de licitação para entregar à iniciativa privada as linhas 11-Coral, 12-Safira, 13-Jade e Expresso Aeroporto da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Ao todo, a operação de 29 estações — incluindo o serviço Expresso Aeroporto, que liga o Aeroporto Internacional de Guarulhos à capital paulista —, será privatizada por pelo 25 anos.
Atualmente, já são privatizadas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trem. Elas são amplamente reconhecidas por falhas frequentes, que incluem atrasos e descarrilamentos constantes.
Em 2023, a ViaMobilidade — responsável pela gestão das linhas 8 e 9 — teve de pagar uma indenização de R$ 150 milhões ao Estado por danos materiais e morais coletivos.