
Ampla vacinação, conquistada apesar da sabotagem do governo Bolsonaro, reduziu o número de mortes no Brasil
Passados três anos desde o primeiro caso de Covid-19 registrado no país, o Brasil alcançou outro triste marco nesta terça-feira (28) com 700 mil mortes causadas pela doença. Um número que compreende todas as trajetórias interrompidas e famílias enlutadas.
A primeira morte por Covid no Brasil ocorreu no dia 12 de março de 2020. A vítima foi uma paciente de 57 anos em São Paulo.
100 mil mortes: o Brasil atingiu a marca de 100 mil mortos em 8 de agosto de 2020, cinco meses depois do anúncio do primeiro óbito. Foi o segundo país em todo o mundo a atingir esse indicador, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
200 mil mortes: as 200 mil mortes por Covid chegaram antes da vacina. Foi em 7 de janeiro de 2021 (a vacinação começou em 17 de janeiro do mesmo ano, horas após a Anvisa aprovar o uso emergencial da CoronaVac e AstraZeneca).
300 mil mortes: um pouco mais de dois meses após as 200 mil mortes, o Brasil chegou a triste marca de 300 mil vidas perdidas pela Covid. Foi em 24 de março de 2021.
400 mil mortes: o Brasil registrou 100 mil mortes em apenas 36 dias e chegou aos 400 mil óbitos em 29 de abril de 2021.
O mês de Abril de 2021 foi o mês mais letal da Covid-19 no Brasil. Foi quando o país chegou às 400 mil mortes. Entre março e abril, foram 100 mil mortes registradas em apenas 36 dias.
Em 29 de abril daquele ano, o consórcio de veículos de imprensa havia registrado mais de 76 mil mortes, mais do que março, que havia registrado 66.868 mortes em 31 dias. Na época, o país tinha pouco mais de 14% da população com uma dose.
500 mil mortes: em 19 de junho de 2021, o Brasil chegou à marca de meio milhão de mortos pela Covid, 51 dias após bater 400 mil óbitos.
600 mil mortes: em outubro de 2021, o Brasil atingiu 600 mil mortes por Covid. Foram 111 dias depois de chegar à marca de 500 mil mortes.
VACINAÇÃO INTERROMPEU ESCALADA DE MORTES
Milhares delas poderiam ter histórias diferentes com uma ação simples: vacinação. No combate da maior crise sanitária da história do país, a ciência comprova que a principal forma de proteção contra casos graves e óbitos é a vacina. Mesmo com a sabotagem realizada por Bolsonaro ao longo de todo o seu governo, os brasileiros venceram o período mais grave da pandemia reduzindo o ritmo de novas e mais graves infecções e, passados três anos, podendo voltar à normalidade.
A vacina mostrou, ao longo da pandemia, que é a melhor forma de proteção contra casos graves e óbitos da Covid. Segundo o vacinômetro do Ministério da Saúde, mais de 510 milhões de doses já foram aplicadas no país, seja primeira, segunda ou dose de reforço.
Aumentar as coberturas vacinais contra a Covid-19 é prioridade do Ministério da Saúde, que lançou o Movimento Nacional pela Vacinação no fim de fevereiro. Até agora, mais de 6 milhões de doses de reforço bivalentes já foram aplicadas. No entanto, é importante ressaltar que os grupos prioritários devem procurar uma unidade de saúde.
“Quero conclamar a união de todos pela nossa mobilização nacional. Neste momento, estamos vacinando com a dose de reforço contra a Covid-19. Temos que olhar para o passado, mas ao mesmo tempo, afirmar que o Ministério da Saúde não pode mais incorrer em erro de não coordenar, de não cuidar, de não tratar.
“Precisamos estar unidos para que novas tragédias não se repitam. Estamos juntos nessa luta. A memória não morrerá”, afirma a ministra Nísia Trindade.
A vacina que hoje está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde do Brasil poderia ter mudado a vida de famílias que perderam pessoas queridas durante a pandemia.