O Tribunal Central do Distrito de Seul na Coreia do Sul emitiu no dia 22 de março ordem de prisão contra o ex-presidente sul-coreano Lee Myung Bak investigado por uma série de ilícitos de corrupção cometidos durante o período em que presidiu o país.
Uma viatura da polícia foi até a casa de Myung Bak para prendê-lo na madrugada do dia 23, pois ele se recusou a se apresentar diante do tribunal apesar das investigações realizadas pelo Tribunal de Seul terem comprovado a culpa do acusado. Ele negou as acusações, inclusive as que foram evidenciadas e provadas pelo tribunal, mas foi levado para um centro de detenção ao sul da capital. O Tribunal argumentou que a prisão era necessária para evitar a destruição de provas.
Lee Myung Bak foi preso mas antes publicou uma mensagem em suas contas nas redes sociais afirmando que “que sou responsável por tudo, mas durante a presidência fiz o meu melhor”.
Lee foi o mais belicista dos presidentes sul-coreanos e foi o responsável pela deterioração e os retrocessos nas relações com a RPDC – República Popular Democrática da Coreia. Entusiasta e apologista da ocupação norte-americana e virulentamente contrário à reunificação da Coreia, durante seu governo os diálogos entre Norte e Sul chegaram ao ponto zero, exatamente de acordo com as instruções do governo dos EUA do qual se orgulhava em ser um grande servidor ainda que isso significasse trair o próprio país.
Lee Myung Bak foi presidente de 2008 a 2013 e antes disso foi CEO da Hyundae e de 2002 a 2006 foi prefeito de Seul.
Enquanto foi presidente, para atender os interesses dos EUA, perseguiu os presidentes antecessores Roh Moo Hyun e Kim Dae Jung e seus correligionários que promoveram diálogos com os compatriotas do norte do país e de certa forma defendiam a reunificação.
O Tribunal acusa o ex-presidente de vários ilícitos entre eles corrupção, malversação de recursos públicos, evasão de impostos e criação de fundos ilegais.
A prisão de Myung Bak aconteceu um ano depois da prisão da ex-presidente Park Geun Hye que o sucedeu no cargo e é filha de um antigo ditador sul-coreano, Park Chung Hee, que promoveu o terror no país e é também muito vinculado a Washington. A ex-presidente Park destituída do cargo de presidente por acusações de crimes de corrupção, tráfico de influência e de fornecer informações privilegiadas consideradas de segurança nacional a empresários para receber propinas e está sendo julgada. A promotoria indicou para ela a pena de 30 anos de prisão.
R. C.