O governo do Equador respondeu à decisão inglesa de ratificar a ordem de prisão contra Julian Assange e reiterou, na última terça-feira, que manterá a proteção do fundador do WikiLeaks.
“O Ministério de Relações Exteriores e Mobilidade Humana informa que o governo equatoriano manterá a proteção internacional para o cidadão Julian Assange enquanto persista o perigo para sua vida”, informou a chancelaria do país sul-americano. Segundo o comunicado, a decisão está de acordo com o mandato constitucional de defesa dos direitos humanos e os tratados internacionais subscritos pelo país.
O jornalista australiano, que foi nacionalizado equatoriano recentemente, se encontra refugiado desde 2012 na embaixada em Londres, de onde não pode sair ainda que a Suécia tenha retirado – desde maio do ano passado – o pedido de extradição por supostos delitos sexuais. Por detrás da ridícula armação – até as supostas “vítimas” tiraram o corpo fora – o fato é que uma vez sentenciado, Assange seria enviado aos Estados Unidos. Nos EUA, como é sabido, o governo está empenhado na sua condenação à pena capital pela publicação de documentos militares e diplomáticos secretos que revelam crimes cometidos nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
No final do documento, o governo do Equador lembra uma vez mais que aspira seguir mantendo “as melhores relações” com a Inglaterra, e que continuará se esforçando para encontrar uma solução “satisfatória para os dois países e respeitosa com os direitos humanos”.