Com o acordo de cessar-fogo em vigência na Faixa de Gaza, sanha genocida do regime de apratheid israelense é transferida para a Cisjordânia com bombardeio a Jenin, prisões em massa em Qalqilya e, nos últimos dias, com expulsão de moradores e demolição de residências em Tulkarem
Nas primeiras horas deste sábado foram liberados mais três israelenses que estavam detidos na Faixa de Gaza. São eles Ofer Kalderon, Yarden Bibas e Keith Siegel.
Confirmadas estas liberações, sairam dos cárceres da ocupação israelenses mais 183 palestinos durante a tarde do dia de hoje.
Até o momento, com o cessar-fogo em vigência desde o dia 19, já foram liberados 10 israelenses e oito trabalhadores tailandeses
Enquanto ocorrem estas liberações de palestinos, as forças da ocupação israelenses acirraram, também neste sábado, o deslocamento forçado de moradores, na ponta de metralhadoras, da cidade de Tulkerem na Cisjordânia.
As expulsões estão sendo acompanhadas de destruição de móveis e utencílios domésticos e mesmo a explosão total das casas. Para elevar o nível do terrorismo, as tropas israelenses espalham a informação de que as operações são “em busca de elementos”.
Em Tulkarem, segundo a agência de Notícias WAFA, esse terror já persiste por cinco dias consecutivos.
Moradores presentes relataram cenas de pânico entre mulheres e crianças. Além disso, os que são expulsos começam a ser submetidos a falta de serviços essenciais, como água, eletricidade e internet.
Os moradores já começam a sentir severa falta de alimento e medicamentos.
O prefeito de Tulkaram, Abdullah Kmeil, que o governo local está tentando aliviar o sofrimento dos moradores distribuindo água, alimentos e medicamentos, mas que isso tem sido inteiramente insuficiente devido à gravidade da situação.
“Estamos enfrentando um assalto sistemático e em larga escala”, declarou o prefeito.
O prefeito Kmeil também tem apelado para a comunidade internacional e organizações de direitos humanos para pressionar Israel a acabar com a agressão.
O ataque a Jenin não arrefeceu. Já foram deslocados de seus lares e mesmo da cidade, dezenas de milhares. A prefeitura de Jenin lançou um comunicado denunciando que “mais de 20 mil palestinos foram forçados a sair pela agressão israelense”.
No total, 400.000 moradores de Jenin foram afetados de uma forma ou de outras pelo cerco, tiroteios. 16 palestinos já foram assassinados em Jenin onde a agressão entra no 10º dia de destruição de casas e expulsão sistemática de moradores.
A agressão israelense na Cisjordânia também inclui Nablus e Qalqilya. Só em Jenin, informou o jornal israelense Yedioth Ahronoth, no dia 30 de janeiro, que 60 residências foram demolidas, incluindo um edifício destruído por dois mísseis.