As tropas de ocupação israelenses destruíram duas escolas de crianças na comunidade beduína de Abu Nuwar, próxima a Jerusalém. Em carta ao governo israelense, o coordenador para Questões Humanitárias nos Territórios Palestinos, Roberto Valent, exigiu de Israel que “cesse imediatamente todas as práticas que, de forma direta ou indireta, estejam gestando a transferência forçada de palestinos em várias partes da Cisjordânia, incluindo a destruição de escolas e de propriedade relacionada”.
Ele acrescenta que “Abu Nuwar é uma das comunidades mais vulneráveis e que mais necessitam assistência humanitária nos territórios palestinos ocupados”.
“Uma combinação de políticas e práticas israelenses – incluindo demolições e restrição de acesso a serviços básicos, tais como a educação – têm criado um ambiente coercitivo que viola os direitos humanos dos residentes”, conclui o enviado da ONU.
Em artigo publicado no dia 6, no jornal israelense Haaretz, a jornalista Amira Hass alerta que além das já destruídas, há a de Al Muntar, cuja demolição foi temporariamente suspensa por decisão do juiz da Suprema Corte de Israel, Uzi Vogelman, um dia antes de sua programada demolição. Ela denuncia que os alunos de Al Muntar assistem as aulas em constante “medo de que os tratores israelenses apareçam a qualquer momento para arrasar a escola da Cisjordânia transfomando-a em uma pilha de tijolos e ferro velho”.