Trump tem sido amplamente repudiado imediatamente após sua declaração, do dia 18, de apoio à construção de assentamentos judaicos em terras assaltadas aos palestinos. A condenação da medida ilegal veio desde a ONU até o governo alemão, incluindo a União Europeia, a Liga Árabe, a Autoridade Nacional Palestina e os principais candidatos do Partido Democrata à Casa Branca.
Coube ao secretário de Estado, Mike Pompeo declarar que as “conclusões” da Casa Branca são de que “não mais vão reconhecer que, por si mesmos, os assentamentos israelenses são inconsistentes com a lei internacional”.
Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em coletiva de imprensa no mesmo dia, declarou que “a ONU lamenta profundamente” o anúncio da Casa Branca, deixando claro que a ONU “se mantém comprometida com a Solução dos Dois Estados”, referindo-se as negociações comandadas por Rabin e Arafat de reconhecimento mútuo do Estado de Israel e do Estado da Palestina com as primeiras medidas de retirada das tropas israelenses dos territórios ocupados, política sabotada pela ultra-direita israelense que chegou ao poder com o assassinato do premiê Itzhaq Rabin pelo um fanático judeu, Ygal Amir.
Um pouco antes dele, em um encontro com a imprensa em Genebra, Robert Colville, porta-voz da Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, enfatizou que a declaração e um Estado Membro da ONU, não modifica a lei internacional vigente, nem sua interpretação pela Corte de Justiça Internacional e do Conselho de Segurança da ONU.
A declaração de Pompeo viola, entre outras, a mais recente resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada por 14 membros do Conselho de Segurança da ONU, à qual nem os EUA conseguiu se contrapor e se absteve.
A Resolução 2334 reafirma que o estabelecimento de assentamentos israelenses em terra palestina ocupada desde 1967 “não tem validade legal e se constitui em flagrante violação da lei internacional e um dos principais obstáculos à visão dos Dois Estados convivendo lado a lado em paz e segurança, dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente”.