Racismo genocida de Trump vem à tona com sugestão formal ao Egito e Cisjordânia de expulsar “1,5 milhão” dos palestinos de Gaza: “limpar tudo” e “acabar com a bagunça”
“Estamos falando de um milhão e meio de pessoas, vamos limpar tudo”, disse Donald Trump neste domingo (26). Ele acrescentou que já havia conversado com o governo da Jordânia e que faria o mesmo com o Egito.
Trump também retirou as poucas restrições a armamentos que Biden havia colocado em clara mensagem de que o genocídio que feriu, mutilou e matou mais de 160 mil palestinos deveria não apenas seguir em frente, mas que a limpeza étnica deveria se multiplicar por dez para “acabar com a bagunça”.
Além de evidenciar a ideologia racista de Trump com relação aos palestinos, as recentes invectivas colocam em risco o cessar-fogo alcançado após a exigência de governos e multidões nas ruas de todo o Planeta.
O ex-ministro Ben-Gvir, fanático chefe de assaltantes de terras na Cisjordânia, apressou-se em apoiar as criminosas declarações de Trump de atitude “lógica” e “moral”
O Egito expressolu sua aberta objeção à diatribe de Trump, em um comunicado publicado pela France Press: “O Ministério do Exterior do Egito afirma o apoio contínuo do Egito à resiliência do povo palestiniano na sua terra e rejeita qualquer violação destes direitos inalienáveis, seja a colonização, a anexação de terras, o despovoamento dessas terras através da deslocação dos seus habitantes, o incentivo à transferência ou o desenraizamento dos palestinianos do seu território, seja de forma temporária ou permanente”.
A Autroridade Nacional Paletina, o Hamas, a Liga Árabe e a Cisjordânia rejeitaram a fala de Trump e reafirmaram sua adesão aos “direitos inalienáveis do povo palestino”, tanto a sua terra, quanto a sua independência com o fim da agressão e da ocupação israelense, assim como seu apoio à continuidade do cessar-fogo.