O presidente Donald Trump assinou, na sexta-feira, a lei denominada Taiwan Travel Act, mais uma provocação que avança no sentido de criar mais instabilidade e tensão nas relações com China.
Entre as medidas definidas na nova lei, consta que funcionários de governo norte-americanos serão estimulados a viajar a Taiwan, em especial os que atuam nos Departamentos de Defesa e de Estado e as visitas de funcionários de alto nível de Taiwan serão bem recebidos nos Estados Unidos.
A nova lei subverte um protocolo diplomático seguido há décadas pelos Estados Unidos com relação à ilha.
Desde 1979, quando o governo norte-americano buscou uma aproximação com a China, a concepção denominada “Uma só China”, segundo a qual a ilha é parte integral do país, foi admitida e os Estados Unidos cortaram laços diplomáticos com Taiwan mantendo que os EUA defenderiam Taiwan de qualquer tentativa chinesa de reunificação forçada.
A China deixou claro que se o governo local de Taiwan decidir a qualquer tempo declarar o território independente, isso será considerado um ato de guerra à China.
A China reagiu condenando a legislação bancada por Trump, que entre outras provocações, considera Taiwan como “farol da democracia cujas conquistas democráticas inspiram muitos países na região”. O porta-voz do Ministério do Exterior da China denunciou que a legislação agora aprovada é uma “violação severa” do princípio de “Uma só China”, e dá sinais errôneos pró-separatistas a Taiwan.