“No total, sete bilhões de dólares em ativos serão congelados a partir de hoje” e mais 11 bilhões de dólares previstos em termos de exportações para os próximos 12 meses, “ficam em suspenso sob condições a serem cumpridas”, foi o montante do sequestro de ativos da PDVSA anunciado pelo chefe do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton.
Ao informar sobre o assalto perpetrado pela Casa Branca, nesta quarta-feira, Bolton disse que Trump assim havia decidido porque dessa forma Maduro ficaria impedido de “roubar mais patrimônio do povo venezuelano”.
Em mais um passo no escancarado intervencionismo de Washington nos assuntos internos da Venezuela, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, alertou que os “possíveis compradores diretos do petróleo venezuelano também terão suas contas congeladas nos Estados Unidos”. Ele reiterou que “todos os ativos da PDVSA sob jurisdição americana estão bloqueados, assim como sua operação, mas que a estatal pode evitar as sanções”, desde que sua direção apoie a intervenção, isto é, reconheça o unilateralmente autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó.
Articulado com a trama de Washington, Guaidó se utiliza de seu posto como presidente da Assembleia Nacional para – ato contínuo ao atentado dos EUA à soberania da Venezuela – tentar passar por cima da estatal e “determinar ao Congresso que dê início ao processo de nomeação de novas diretorias para a petroleira estatal PDVSA e para a refinaria Citgo, sediada nos Estados Unidos”, se isso funcionar, Guaidó, além de ajudar os norte-americanos na intervenção, ainda espera tirar vantagem ao meter a mão nos tais ativos venezuelanos que os norte-americanos acabam de seqüestrar, mas prometem entregar a ele, ou a seu pessoal.
Além disso, fiando-se em seus agentes na Venezuela, os norte-americanos, estão dizendo ainda que podem congelar ativos da PDVSA e da subsidiária nos EUA, a refinaria Citgo, mas que nada disso implica que não podem seguir comprando petróleo venezuelano.