Tumulto que eclodiu durante o cortejo fúnebre do general mártir iraniano Qassem Suleimani em sua cidade natal, Kerman, nesta terça-feira (7) levou à morte de 56 pessoas e outras 213 precisaram ser levadas a centros médicos, revelou o chefe dos Serviços Médicos de Emergência do Irã, Pir Hussein Kolivand, o que atribuiu à superlotação, como registrou a PressTV.
Ainda não se sabe com segurança o número total das vítimas. O incidente provocou atraso na cerimônia de despedida do chefe militar.
Meios de comunicação consideraram que um provável estopim para o tumulto foi a ânsia de muitos de chegarem o mais perto possível do caixão do mártir.
Uma gigantesca multidão acompanhava o féretro da praça Azadi até o cemitério dos Mártires em Kerman, no terceiro e último dia de luto oficial.
Principal líder militar do Irã, Suleimani foi assassinado no dia 3 em ataque com drones ordenado pelo presidente norte-americano Trump, perto do aeroporto internacional de Bagdá. No relato da AFP, as ruas da cidade estavam “inundadas” de cidadãos, uma verdadeira “maré de gente”, à semelhança do que fora visto no domingo e na segunda-feira em Teerã e outras cidades por onde passou o caixão do amado general, para as últimas homenagens.
O presidente iraniano Hassan Rouhani expressou suas condolências às famílias enlutadas e se solidarizou com os feridos. Ele incumbiu o ministro da Saúde Saeid Namaki e o primeiro vice-presidente Es’haq Jahangiri de, respectivamente, monitorar o resgate das vítimas e investigar o incidente.
Uma mulher de 45 anos disse em prantos à AFP que Suleimani “foi um pai para todos nós (…) um pai em que todos confiávamos e de quem nos orgulhávamos”. Conforme a Al Jazeera, o escritório do governador da província descartou qualquer possibilidade de algum ataque terrorista.