Recep Tayyip Erdogan, foi reeleito no primeiro turno para a Presidência da Turquia, obtendo 53% dos votos nas eleições realizadas neste domingo. Nas eleições parlamentares, o partido de Erdogan, Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), obteve 44% dos votos, abaixo dos 49% obtidos nas eleições anteriores. Para atingir a maioria parlamentar, Erdogan deve se aliar Movimento Nacional (MHP) que chegou a 11% nas proporcionais.
Os turcos foram em massa às urnas, com uma participação superior a 88%.
Erdogan tem modificado seu posicionamento no Oriente Médio seja por conta do apoio norte-americano às facções curdas armadas na vizinha Síria, que os Estados Unidos lotaram de terroristas na obsessão de derrubar o governo independente e democrático de Bashar Al Assad.
A Turquia, que ao princípio do conflito imposto à Síria entregou território e base militar para servir de plataforma para o ataque por encomenda ao país com o qual faz fronteira ao sul, tem se distanciado dessa nociva articulação, participado das negociações pela paz e reconciliação na Síria em conjunto com a Rússia e o Irã, que apoiaram a resistência síria à agressão externa.
Neste processo, houve uma tentativa de golpe envolvendo setores dentro das forças armadas turcas, por Fethullah Gulen, que reside nos Estados Unidos. O golpe foi debelado e, além disso, ele se fortaleceu conseguindo ampliar seu poder através de um plebiscito que levou a Turquia do parlamentarismo ao regime presidencial.
A Turquia firmou projetos de desenvolvimento e de defesa com a China e a Rússia. Com esta última, acordou a construção de gasoduto que deve ligar fontes russas de gás a consumidores europeus. A parceria é entre a russa, Gazprom e a turca Botas.
Estes acordos, junto com a vitória na Síria com apoio russo, iraniano e libanês, mudam o panorama político e ajudam a desmontar a ingerência hegemonista dos EUA na região.
Desde a chegada dele ao poder a Turquia tem crescido e sobreviveu nesta de desenvolvimento à crise de 2008. Em 2017, mesmo após a tentativa de golpe em julho de 2016, que fez a economia parar de crescer momentaneamente, a situação se recupera e em 2017, o país apresenta um crescimento de 7,4%. O desemprego, que em fevereiro de 2017 estava em torno dos 12,6%, se encontra na faixa dos 10,6%, conforme medição em fevereiro deste ano.