
No último domingo (4), o fóssil Ubirajara jubatus, primeiro dinossauro não-aviário com estruturas semelhantes a penas encontrado na América do Sul, retornou ao Brasil e foi levado para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília.
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Na segunda (5), foram abertas as caixas para a conferência do material por representantes do MCTI, Ministério das Relações Exteriores, Embaixada da Alemanha no Brasil e Universidade Regional do Cariri (URCA).
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Retirado do Brasil nos anos 1990, o fóssil estava no Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha, e será levado para o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, em Santana do Cariri (CE).
“O MCTI não poupou esforços para viabilizar o retorno do Ubirajara. Entretanto, sem a mobilização da comunidade científica brasileira, não seríamos bem-sucedidos. O governo alemão foi sensível ao nosso pleito e, todos juntos, alcançamos essa vitória”, disse o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, Inácio Arruda.
Segundo ele, o MCTI realizará na próxima segunda-feira (12) uma cerimônia que oficializará a repatriação do fóssil.
Para o diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Allyson Pinheiro, este momento é simbólico para o Brasil. “Simboliza uma nova fase no jeito de fazer ciência com respeito às legislações nacionais e aos direitos das sociedades”, frisou.
Ele destacou a cooperação entre os países, que atendeu à solicitação de repatriação feita pelo governo brasileiro, e o envio do fóssil para o Cariri, de onde foi retirado.
Segundo o paleontólogo, o Cariri possui um projeto de desenvolvimento territorial de mudanças das condições socioeconômicas locais através de objetos como o fóssil Ubirajara, que é um patrimônio paleontológico e geológico brasileiro.
FÓSSIL
O fóssil Ubirajara jubatus fará parte do acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, uma vez que pertence à região do Geoparque do Araripe, localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, conhecida como centro paleontológico.
Ubirajara jubatus viveu há 110 milhões de anos, na região da Bacia do Araripe, no interior do Ceará. O dinossauro foi retirado de forma irregular do Brasil para a Alemanha, nos anos 1990, após ser descoberto por pesquisadores estrangeiros no manancial paleontológico.
O fóssil do tamanho de uma galinha e revestido por penas está em duas placas (positiva e negativa) medindo uma placa 47 cm x 46 cm x 4 cm, pesando cerca de 11,5 kg. E a segunda placa mede 47 cm x 46 cm x 3 cm, com peso aproximado de 8,0 kg.