Em mensagem direta ao governo Trump, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, afirmou nesta segunda-feira que qualquer ação militar na Venezuela seria inaceitável e que uma solução para a crise que atravessa o país “não pode ser e nunca deveria ser imposta desde o exterior”. “Acreditamos que nenhuma ação militar, seja de dentro ou de fora do país, seria aceitável”, enfatizou.
Diante do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Mogherini disse que o duelo mantido entre o presidente Nicolas Maduro e o líder do Congresso, Juan Guadó, que se arrasta desde o dia 23 de janeiro, deve ser resolvido de forma democrática, por meio de eleições presidenciais.
Neste sentido, lembrou, a União Europeia conformou um grupo de contato com países da América Latina a fim de impulsionar um processo de caráter plural, que contemple a todos. “A crise que afeta o país tem causas políticas e institucionais. Não é um desastre natural. Sua solução deve ser pacífica, política e democrática”, enfatizou.
Com tom beligerante, Trump afirmou repetidas vezes que todas as opções estão sobre a mesa, não excluindo uma intervenção militar na Venezuela, mergulhada numa violenta crise, agravada recentemente por um apagão que afeta desde a última quinta-feira inúmeras regiões, incluindo a capital.