“Uma covardia”, diz Gleisi sobre a ideia de elevar idade mínima e reduzir reajuste do BPC

Presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann. Foto: Michel Jesus - Câmara dos Deputados
“Significa um tremendo retrocesso”, afirma a presidente do PT sobre a proposta estudada pelo Ministério do Planejamento. Não foi “para isso que elegemos o presidente Lula”

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a proposta do Ministério do Planejamento, chefiado por Simone Tebet, de aumentar a idade mínima de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e reduzir os reajustes anuais. “Não foi para isso que elegemos o presidente Lula”, disse.

“O BPC é uma das mais importantes políticas sociais do país. Garante renda para milhões de idosos e pessoas com deficiência”, afirmou a dirigente petista.

Para ela, “a ideia de desvincular seu valor do mínimo e aumentar a idade mínima para 70, defendida na mídia por um secretário do Ministério do Planejamento, significa um tremendo retrocesso, uma verdadeira covardia”.

O secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas, Sérgio Firpo, disse em entrevista ao jornal O Globo que o Ministério do Planejamento está discutindo propor aumentar a idade mínima para 70 anos.

Além disso, quer que a regra de reajuste anual do pagamento do BPC seja alterada para diminuir os valores nos próximos anos.

Hoje, o pagamento é de R$ 1.412, valor igual ao mínimo, e é reajustado conforme o salário mínimo.

O presidente Lula tem aplicado uma política de aumento do salário mínimo que repõe a inflação e soma o crescimento do PIB no ano anterior.

A proposta do Ministério do Planejamento é que o reajuste seja somente equivalente à inflação do ano anterior. “Ao longo do tempo, isso [a diferença] vai se abrindo”, admitiu Sérgio Firpo.

Ou seja, com o tempo os pagamentos do BPC vão perdendo importância.

Gleisi Hoffmann destacou que “não é esse o tipo de reforma que o Brasil precisa. Nem foi para isso que elegemos o presidente Lula”.

O BPC programa beneficia 6,1 milhões de pessoas, sendo 3,4 milhões de pessoas com deficiência e 2,7 milhões de idosos.

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