ROSANITA CAMPOS
Às vésperas do início de mais uma manobra militar entre os EUA e a Coreia do Sul – “Ulji Freedon Guardian” em sua 17ª edição e que se consuma todos os meses de agosto de cada ano como ensaio de agressão à RPDC, o povo coreano e seu governo popular socialista realizaram um grande encontro internacional em que reuniram mais de 500 quinhentas personalidades de todo o mundo (66 países) que foram à Coreia ver com seus próprios olhos os avanços na vida do povo, os progressos na indústria, na construção civil, no comércio, no turismo, e o impressionante desenvolvimento técnico-científico nas áreas da saúde, educação, indústria e agricultura além de seu vitorioso programa nuclear para a autodefesa, orgulho e segurança para todo o povo.
Estive em Pyongyang durante o mês de agosto participando do “5º Festival Internacional de Homenagens aos Grandes Homens do Bektu” promovido pelo Comitê de Relações Culturais com o Estrangeiro e por um Comitê Internacional Organizador composto por pessoas de vários países de todos os continentes.
Dentre as atividades e discussões, exposições de livros, apresentações artísticas de música, dança, teatro e poesia aconteceram atos de solidariedade com a Coreia socialista e a luta de seu povo pela reunificação da Pátria, pela soberania e integridade territorial da RPDC, e em apoio ao progresso da construção do socialismo no país e o desenvolvimento de sua capacidade de dissuasão nuclear para a garantia da paz na Península Coreana e em todo o mundo.
Meu primeiro dia em Pyongyang, e de algumas delegações que já se encontravam ali, foi acordar às 6 da manhã para viajar duas horas de carro para uma visita ao Palácio da Amizade Internacional na cidade de Myohyang, uma agradável cidade de veraneio ao pé do monte Myohyong com muitas nascentes de água mineral e um grande templo budista preservado e em pleno funcionamento. Em Myohyang, Kim Il Sung escreveu o prólogo de suas “Memórias – No Trancurso do Século” que está no primeiro de seus 8 volumes, num dia primaveril em abril de 1992, poucos dias antes de seu encontro com Claudio em Pyongyang. O Museu em si é uma obra de arte da arquitetura tradicional coreana e preserva a história das relações internacionais dos grandes líderes do povo coreano através da exposição dos presentes e condecorações recebidas por eles de todas as partes do mundo.
As primeiras atividades em que participaram todas as delegações estrangeiras foram a visita ao imponente Palácio Kunsusan para homenagear Kim Il Sung e Kim Jong Il e em seguida a visita à casa natal do grande líder Kim Il Sung em Mangyongdae onde levamos flores num belo dia de sol de verão em memória de sua luta à frente do Exército Popular da Coreia para expulsar o Japão, invasor e colonizador da Coreia, e brindar com as águas claras de Mangyongdae a vitória na luta Antijaponesa e anti-imperialista e pela Independência do país.
A abertura solene do 5º Festival Internacional se deu no magnífico Palácio dos Estudos do Povo e contou com a presença de Kim Yong Nam, membro do Presidiun do Secretariado do Comitê Central do PTC e Presidente da Assembleia Nacional Popular Suprema, de Kim Ki Nam, membro do Bureau político do Partido do Trabalho da Coreia e Vice-Presidente do Conselho de Estado e Kim Jong Suk, membro do Comitê Central do PTC e Presidente do Comitê de Relações Culturais com o Estrangeiro que compartilharam a mesa diretora dos trabalhos com representantes dos comitês organizadores internacional e local e membros de partidos políticos amigos, como o Partido Pátria Livre que coube a mim a honra de representar.
No dia seguinte partimos cedinho para o aeroporto e em dois grandes aviões para a cidade Samjiyon na fronteira com a China, para o “Encontro de acolhida ao Sol no monte Bektu” onde visitamos o Conjunto Monumental de Samjiyon, amplíssima praça no meio da floresta na entrada da cidade com vários conjuntos de monumentos relativos à guerrilha antijaponesa e à luta antifascista dos coreanos onde há uma belíssima estátua de Kim Il Sung jovem, à época da guerrilha, e assistimos uma brilhante apresentação cultural de música e dança tradicionais infantis oferecida pelo Comitê da Municipalidade que também nos brindou com um acolhedor jantar ao ar livre com a sofisticada culinária coreana que aprecio tanto e onde não faltou o tradicional Kimchi.
Ao amanhecer subimos até o pico do monte Bektu onde realizamos um ato político de solidariedade à Coreia e em homenagem aos grandes líderes do Bektu. Confesso aos leitores que me surpreendi com a beleza do lugar e o prodígio da natureza que é o lago Chon. Um lago vulcânico no pico do monte, que com suas águas de um azul tão intenso nos convida o tempo todo a não parar de olhar e admirar, dando-nos a impressão de que estamos na fronteira com o céu. E partimos para a visita ao acampamento secreto do Bektu, lindíssimo lugar cheio de história à beira de um riacho cristalino onde ficava Kim Il Sung no comando da Guerrilha Antijaponesa e onde nasceu Kim Jong Il.
(Continua na próxima edição)