ROSANITA CAMPOS
Voltamos a Pyongyang radiantes com a natureza que caprichou no monte Bektu e no lago Chon, e com Kim Il Sung, por seu patriotismo e sensibilidade com seu povo ao ter transformado o lugar histórico merecidamente em orgulho dos coreanos como seu monte ancestral, sede e base da luta vitoriosa de todo o povo contra a escravidão e a dominação estrangeira. Não por acaso, apenas 5 anos depois da expulsão do Japão do solo coreano, Kim Il Sung e a RPDC foram capazes de, com a genialidade de estrategista militar do grande líder, derrotar os EUA na famigerada Guerra da Coreia (1950-1953) obrigando os EUA a assinarem um armistício que esse país imperialista agressor jamais aceitou transformar em um acordo definitivo de paz como propôs por Kim Il Sung e depois reiterou Kim Jong Il.
Para a alegria dos brasileiros, do PPL e minha, da Ana Claudia e da Maíra em particular, o camarada Claudio Campos ocupa hoje um lugar de honra no Museu da Vitória na Guerra da Coreia onde foi colocada com destaque uma foto dele ao lado de Kim Il Sung. Esse museu, um dos mais importantes da RPDC, ficou alguns anos fechado para reformas, foi modernizado e revitalizado e está hoje novamente aberto à visitação pública. O museu fica na capital do país, é um importante centro de estudos históricos da luta anti-imperialista e retrata em detalhes a luta dos coreanos contra a invasão norte-americana à Coreia. Consideramos uma justa homenagem dos coreanos ao Claudio e ao Brasil, um justo reconhecimento aos esforços do Claudio em apoio à luta da Coreia socialista durante toda sua vida desde os tempos da ditadura.
Toda a delegação estrangeira ficou, como eu, muitíssimo bem impressionada com a visita ao “Palácio das Ciências e Tecnologias” e com o encontro com cientistas, técnicos e funcionários do setor da Administração Nacional do Desenvolvimento Aeroespacial. O Palácio é um enorme complexo de edifícios recentemente inaugurado e de moderna e belíssima arquitetura nacional às margens do rio Dedong.
Durante as atividades do Festival algumas personalidades estrangeiras foram recebidas no Palácio dos Congressos Mansudae, sede da Assembleia Nacional Popular Suprema, para serem condecoradas pelo governo por seus trabalhos de solidariedade à RPDC e sua luta anti-imperialista. Fiquei imensamente honrada e agradecida por estar entre essas pessoas. Também recebi um prêmio e um diploma do Comitê de Relações Culturais com o Estrangeiro por minhas atividades literárias.
SISTEMA DE SAÚDE
Já às véspera de voltar para casa tive outra grata surpresa, involuntariamente conheci o sistema de saúde dos coreanos. Impecável. Fui atendida por médicos e enfermeiros, pois não me senti bem. Meu problema não era nada mais que muito cansaço depois de tantas atividades sem intervalos depois de uma longa viagem a partir do outro lado do mundo, mas os coreanos ficaram preocupados e apesar da minha negação em ir, insistiram e me levaram ao hospital. Eu não tinha nada que uma boa noite de sono não resolvesse, mas eles são criteriosos e consideram que em primeiro lugar está a saúde. Fiquei feliz em ver como o povo coreano é tão bem tratado pelo sistema público e gratuito de saúde, agradecida pela atenção a mim dispensada e segura de que lá nenhum estrangeiro precisará de um caro seguro-saúde para ser bem atendido gratuitamente pelo sistema de saúde do governo socialista da República Popular Democrática da Coreia.