União Europeia condena Israel por construções ilegais em terras assaltadas aos palestinos

Assentamento judaico de Gilo aparece por trás de um muro que separa as cidades de Belém de Jerusalém (Times of Malta)

Projetos condenados pela União Europeia autorizam a construção de mais 1.355 unidades residenciais na Palestina ocupada, crime de guerra previsto nas Convenções de Genebra

A União Europeia condenou, nesta segunda-feira (25), a autorização governamental de Israel da construção de 1355 unidades residenciais em terras palestinas assaltadas.  

“Estes assentamentos são ilegais sob a lei internacional e se constituem em obstáculo maior para a solução dos Dois Estados e uma paz abrangente, justa, duradoura e abrangente entre Israel e Palestina”, afirma o documento lançado em Bruxelas.

“A UE tem deixado claro em diversas oportunidades que não aceita quaisquer mudanças nas fronteiras anteriores a 1967” (quando Israel ocupou o restante da Palestina, após a Guerra dos Seis Dias), incluindo a fronteira que mantém como palestina a Jerusalém Árabe, a não ser que haja qualquer modificação acordada pelas duas partes.

“Chamamos o governo de Israel a deter a construção destes assentamentos”, diz ainda o documento.

O Ministério do Exterior da Palestina também emitiu documento destacando que “a construção de 1355 unidades é persistência oficial de Israel em seguir construindo nos territórios palestinos o que é um flagrante desrespeito às posições da ONU e da comunidade internacional assim como das posições de rejeição adotadas pelos Estados Unidos a respeito”.

Para os palestinos, “a repercussão dos projetos desastrosos de assentamentos ataca as chances de se alcançar a paz com base no princípio dos Dois Estados” e declara Israel “plena e diretamente responsável pelas consequências de uma decisão que ultrapassa todas as linhas vermelhas”.

O governo da França, através do seu Ministério do Exterior também se posicionou contrário ao assalto: “A França conclama que se paralise qualquer passo unilateral que possa minar a Solução dos Dois Estados, uma solução que deve ter por base os parâmetros internacionais a qual é a única com a capacidade de conduzir a uma paz sustentável e justa na região”.

Os Estados Unidos se posicionaram de forma a minimizar a gravidade do anúncio israelense, o que ficou claro com a declaração do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price que disse que os EUA estariam “preocupados” com a medida e pediu que “Israel se refreie do anúncio de planos de novas moradias em assentamentos que podem exacerbar a tensão e cortar os esforços para o avanço de uma Solução de Dois Estados negociada”.

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